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Família Tavares de Almeida luta para ir unida ao adestramento do Pan

Os irmãos Luíza e Pedro Almeida garantiram índice para concorrer a uma vaga; Thereza, a mãe, tenta um lugar

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

A atleta olímpica Luíza Almeida, sua mãe, Thereza Almeida, e seu irmão, Pedro Almeida, participam do Concurso de Adestramento Internacional, neste final de semana, na Sociedade Hípica Paulista. A família reunida disputa uma vaga para os Jogos Pan-americanos 2019 na equipe brasileira de adestramento ou Dressage, a modalidade mais clássica do hipismo. A prova será a segunda de quatro qualificatórias para a formação do Time Brasil. Não há divisão de gênero ou idade. Mãe e filhos estão juntos na disputa pela primeira vez. 

A mãe Thereza Almeida, entre os filhos Pedro e Luíza: família busca vaga no adestramento Foto: Felipe Rau/Estadão

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A participação de mãe e filhos é mais um capítulo da longa relação dos Tavares de Almeida com os cavalos, dentro e fora das competições. “A paixão pelos cavalos foi desperta pelo tempo que passávamos, e ainda passamos, em família na fazenda. O cavalo como prática esportiva foi uma transição natural”, diz a matriarca, aos 55 anos. 

“Fomos criados em cima de uma sela. Entre os cavalos. Das minhas lembranças infantis, de muito pequenininha, guardo a sensação do balanço, quando eu cabia na mesma sela e podíamos cavalgar juntas, eu e minha mãe”, diz Luíza, que esteve nos Jogos de Pequim, Londres e Rio e conquistou bronze no Pan de 2007. 

Neste final de semana, dezoito conjuntos (cavalo e cavaleiro) disputam a seletiva para o Pan. O índice técnico é de 69% de aproveitamento no Small Tour, nível com menor grau de dificuldade, e 68% no Big Tour, o nível olímpico, com o mais alto grau de dificuldade. Luíza e Pedro já garantiram a marca ao lado de outros quatro conjuntos além de um cavaleiro pré-qualificado; Thereza ainda busca o índice. 

Luiza afirma que os papéis de mãe e filha estão separados durante as provas, que exigem grande concentração. “Ali, somos apenas atletas”, diz a amazona de 27 anos.

A escolha dos quatro conjuntos que vão para o Pan será feita pela Confederação Brasileira de Hipismo entre os cavaleiros e amazonas com índice. “Torço para que meus filhos consigam um desempenho à altura. Quanto a mim, apesar de ter entrado ‘atrasada’ na disputa, alerto que comprei o bilhete da janelinha”, diz a matriarca, que praticava as provas de salto e começou a competir recentemente no adestramento. 

Não é a primeira vez que a família compete em conjunto. Nos Jogos do Rio, participaram os três irmãos Luíza, Pedro e Manuel (reserva), ao lado de João Victor Oliva e Giovana Pass . O Brasil competiu pela primeira vez como equipe, ficando em 10º lugar na classificação geral com a nota média final de 67,562%. 

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No Pan, a equipe de adestramento contará com quatro conjuntos e deve ter no mínimo um de nível Big Tour. As outras três vagas podem ser preenchidas por conjuntos nível Small Tour. As duas primeiras equipes qualificam seus países para a Olímpiada de Tóquio, em 2020. 

“Nunca vi o adestramento do Brasil tão forte, mas não será fácil. Assim como o Brasil, os demais países têm se esforçado no intuito de se tornarem, cada vez mais, competitivos, mas acredito que daremos trabalho também”, diz Luíza.

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