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Farías tenta colocar Vinotinto na 1ª decisão

Por Paulo Galdieri
Atualização:

BUENOS AIRESO famoso grito de "sí, se puede", entoado geralmente pelas seleções sul-americanas com menor poder de fogo, por décadas não foi nem sequer sussurrado pelos venezuelanos. Mas desde que o técnico Cesar Farías assumiu o comando da Vinotinto, o coro que antes era só otimista está cada vez mais verdadeiro.O treinador de apenas 38 anos - e que tem pinta e idade mais para ser um jogador veterano do que um comandante de uma seleção nacional - já é quem tem os melhores resultados com o time em toda a sua história.Farías assumiu o cargo em 2007. Até hoje, foram 50 jogos sob seu comando. Nesse período, tornou-se o único que tem mais vitórias do que empates ou derrotas. Foram 18 triunfos e 16 derrotas. O aproveitamento do time com ele é de 46,6%.Hoje, a 51.ª partida dele como treinador da Venezuela, é sem dúvida, a mais importante. Na semifinal contra o Paraguai, às 21h45, tentará levar a sua seleção pela primeira vez a uma final.Para Farías, ser o artífice de uma façanha não é exatamente um problema, nem sequer é inédito. Foi com ele no banco que a Venezuela venceu o Brasil pela primeira vez, em um amistoso em 2009, em Boston, nos EUA.O placar de 2 a 0 no time então dirigido por Dunga causou comoção no país - aquela também fora a primeira vez que os venezuelanos saíram de campo sem levar nenhum gol dos brasileiros. No mesmo ano, ele foi o responsável por levar a Venezuela a disputar seu primeiro Mundial em qualquer categoria, o sub-20 disputado no Egito. De quebra, revelou o atacante Salomón Rondón, destaque desta edição da Copa América.O treinador chegou ao comando da seleção principal com apenas cinco anos de carreira, que começou em 2002, como técnico do modesto Trujillanos.A missão de Farías com a seleção era dar continuidade à revolução no futebol venezuelano, iniciada no começo do século 21, sob o comando do técnico argentino Luis Omar Pastoriza e que teve sequência nas mãos de Richard Páez. A chegada da Venezuela à semifinal já é um feito histórico. Até esta edição, um 5.º lugar erasua melhor colocação - e, mesmo assim, com importância relativa, já que aquela edição, no Uruguai, teve seis participantes.

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