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''Fator Corinthians'' pesou na demissão de Muricy

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Por Giuliander Carpes
Atualização:

O São Paulo derrubou seis treinadores corintianos depois de clássicos nos últimos anos: Antônio Lopes, Ademar Braga (2006), Tite, Passarela (2005), Juninho Fonseca (2004) e Júnior (2003). Antes do confronto de domingo, vencido pelo Corinthians (3 a 1), os torcedores do clube do Parque São Jorge já comemoravam a oportunidade de dar o troco e desferirem o golpe final sobre Muricy Ramalho. Mas não tiveram tempo. A direção são-paulina foi mais rápida e demitiu o técnico na antevéspera da partida. Ontem, o vice-presidente tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva, admitiu que um forte motivo da pressa em dispensar Muricy foi não dar a chance também ao arquirrival. "A situação ficaria ainda pior com uma derrota. E se ganhássemos não ia mudar nada porque já tínhamos tomado a decisão", explicou o dirigente. "Essa questão não foi determinante, mas contou bastante." O vice-presidente foi voz importante na opção de trazer Ricardo Gomes para o Morumbi. É um treinador com perfil diferente do de Muricy. E também tem ideias de futebol diferentes. O novo comandante acena com a possibilidade de abandonar o esquema com três zagueiros e cinco jogadores na linha do meio de campo. "O ponto forte do elenco do São Paulo eram os zagueiros extraordinários", lembra Ricardo Gomes. "A escolha do Muricy pelo esquema com três zagueiros acho que foi por aí. Mas, se você não tem esses três zagueiros, fica complicado. Vou precisar do dia a dia. A minha preferência é pelo 4-4-2. Vou fazer uma análise do elenco." Hoje o time tem André Dias, Renato Silva, Jean Rolt e Aislan para a função defensiva. Miranda volta da seleção na semana que vem.

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