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Federação de atletismo pede rigor da lei para o doping

Abalada com o caso de Justin Gatlin, entidade quer união de governos e federações esportivas no combate aos criminosos das drogas proibidas

Por Agencia Estado
Atualização:

?Profundamente abalada? pela revelação do norte-americano Justin Gatlin, que divide o recorde mundial dos 100 m (9s77) com o jamaicano Asafa Powell, de que teve antidoping positivo para testosterona ou seus derivados em abril, a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) exortou os governos de todo o mundo a se unirem às federações esportivas para exterminar os ?criminosos por trás do doping no esporte?. A admissão de Gatlin, no sábado, veio 2 dias depois de o vencedor da Volta da França, Floyd Landis, também ter controle positivo para testosterona. ?É preciso encontrar formas de destruir esses criminosos. As sanções do esporte parecem não ser suficientes, especialmente no que diz respeito a pessoas que trabalham com os atletas e lucram com o doping?, disse Nick Davies, porta-voz da IAAF. ?Só a força da lei será capaz de deter esses criminosos?. Davies se referia à Operação Puerto, do governo espanhol, investigação policial sobre doping que levou Jan Ullrich, favorito à vitória na Volta da França, a desistir da prova. No comunicado, Gatlin se diz inocente do uso de substâncias proibidas e não entende como é possível ter antidoping positivo. Sabe que pode ser banido do esporte pela segunda ofensa por doping - em 2001, foi suspenso por anfetamina. Trevor Graham, técnico de Gatlin, declarou a uma TV jamaicana que o atleta foi vítima de ?armação?. ?Foi uma pessoa que havíamos demitido e depois recontratamos. Estamos tentando encontrá-la?. Graham treinou atletas envolvidos em escândalos de doping, como Tim Montgomery, ex-recordista mundial dos 100 m, e a campeã olímpica Marion Jones, ligados ao caso do Laboratório Balco.

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