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Federação de remo cobra testes virais em locais de provas no Rio

Dirigente mostra preocupação com análise anterior

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Por Redação
Atualização:

O presidente da Federação Internacional de Remo, Matt Smith, afirmou nesta terça-feira que vai cobrar a realização de testes virais nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá os eventos de remo e canoagem velocidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

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O dirigente está preocupado com a divulgação de uma análise encomendada pela agência de notícias Associated Press (AP), que mostrou níveis altos de vírus e coliformes fecais na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Baía de Guanabara e na Praia de Copacabana. A análise, divulgada semana passada, gerou repercussão internacional e preocupou dirigentes de diversas modalidades esportivas.

Até o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstraram preocupação com a qualidade das águas do Rio de Janeiro. "Junto da OMS e do COI, vamos acompanhar o que as autoridades vão fazer. Vamos pedir este teste viral. Se houver algum problema, vamos reagir. É nosso dever moral", declarou Matt Smith, em entrevista à AP.

De acordo com a análise encomendada pela AP, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS).

A entidade que comanda o remo mundial faz coro à Federação Internacional de Vela, que exibiu uma análise independente das águas da Baía de Guanabara, na semana passada. A federação de remo agora espera que outras entidades se mobilizem para exigir novos testes nas águas.

Apesar da cobrança, Matt Smith garantiu a realização do Mundial Júnior de Remo, evento-teste da Olimpíada que será disputado nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas a partir desta quarta-feira. "Para este evento, vamos em frente com as informações que temos agora", declarou o presidente da federação de remo.

O dirigente alertou, porém, que a modalidade não conta com alternativa caso novos testes confirmem a presença de vírus na Lagoa Rodrigo de Freitas. "Não temos um plano B no Brasil, mas temos outros lugares na América do Sul, onde temos níveis internacionais de competições de remo", afirmou.

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