
02 de maio de 2011 | 00h00
SÃO PAULO - Após o marasmo da primeira fase e das quartas de final do Paulista, sobrou tensão no clássico entre Palmeiras e Corinthians, neste domingo, no Pacaembu. Após o duelo acirrado em campo, a troca de farpas seguiu no vestiário: enquanto os palmeirenses culpavam a arbitragem, a indignação no Corinthians era com o clima de guerra criado por Felipão.
As declarações mais fortes, por sinal, vieram do técnico alviverde, que foi claro ao dizer que o favorecimento ao rival foi premeditado. "Ele (árbitro) entrou premeditado. É natural", disse ele. "Aos 3 ele deu amarelo para o Kleber. Já intimidou. Pronto. E foi administrando, porque é inteligente para administrar."
O técnico, porém, negou que tenha criado clima de guerra para o jogo. "Ninguém pilhou jogador. Nem sei o que é pilhar. Na verdade, nos primeiros 10 minutos o que eu mais fiz foi pedir calma" disse. "Eu não dei entrevistas durante a semana, porque se desse iam dizer que eu ia colocar lenha na fogueira."
Mesmo assim, os corintianos reclamaram da animosidade do clássico, que consideraram excessiva. "Parecia que eu estava numa guerra e não num jogo de futebol", disse Júlio César. "O Tite foi muito feliz no intervalo quando disse para a gente continuar jogando do jeito que a gente joga. Não sei se o Palmeiras gerou tudo isso para a gente marcar menos forte."
Liedson, que teve atuação de pouco brilho no Pacaembu, diz que o time tem agora de esquecer a tensão do jogo deste domingo para pegar o Santos. "Agora é acalmar para pegar o Santos na final", disse ele, que reclamou da entrada do zagueiro Danilo, do Palmeiras, que acabou expulso no lance. "Se eu não pulo, estava no hospital agora, com a perna enfaixada", disse o atacante do Corinthians.
Chicão considera que o Corinthians, mesmo sem uma atuação convincente, saiu fortalecido após a batalha vencida no último domingo. "Foi um grande jogo, teve expulsão, gol, pênalti, tudo. Mas o Corinthians mereceu vencer.
Preparado. Com um jogador a mais desde o primeiro tempo, o Corinthians não conseguiu se impor e arriscou a vaga nos pênaltis. Segundo Tite, porém, foi um risco calculado. "Nós vínhamos treinando as penalidades desde que nos classificamos, pois sabíamos que o regulamento previa isso", disse o treinador alvinegro, que mostrou insatisfação com a as acusações palmeirenses. "Temos de valorizar o mérito de quem ganha, e não criar situações fora para justificar. Este não é meu estilo."
O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, evitou acusações graves, mas lembrou que a rixa com Paulo César de Oliveira é antiga. "Esse árbitro já tinha sido objeto de veto pela gestão anterior do clube", afirmou o dirigente.
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