19 de novembro de 2010 | 00h00
Luiz Felipe Scolari nunca negou que falta qualidade ao time do Palmeiras. O que sobra, segundo ele, é garra. E Marcos Assunção é a figura emblemática do time. Um volante que tem decidido as partidas.
O atleta pouco dormiu após a vitória sobre o Goiás, quarta-feira. O herói do Palmeiras na Copa Sul-Americana chegou ao hotel em Goiânia e, como quem nunca deixa o trabalho de lado, foi direto ver o seu 4.º gol marcado na competição. Com ele é assim, a maior parte do tempo: seriedade e profissionalismo. "Eu sempre chego e vejo meus gols, umas três, quatro vezes", disse. "Analiso como bati na bola para tentar fazer igual depois."
Assunção é o artilheiro do time na competição continental. "Não trabalho para ser ídolo", falou. "A minha função é marcar, defender. Não é que eu queira ser artilheiro, as coisas muitas vezes acontecem naturalmente."
Apesar de o Palmeiras não estar mostrando um brilhante futebol, Felipão está satisfeito com o time. Afinal, os resultados têm aparecido e, na quarta-feira, um empate com o Goiás, no Pacaembu, colocará a equipe na final da Sul-Americana. "É o estilo do Palmeiras, no sofrimento", afirmou o treinador após a vitória no Serra Dourada. "Se não tem qualidade, tem superação. Neste momento não é qualidade que queremos e, sim espírito de grupo."
Ponto final. Na chegada da delegação a São Paulo, ontem, o gerente de futebol Sérgio do Prado avisou que o Palmeiras entraria com uma representação na Conmebol contra o Goiás, pelo ocorrido ao término da partida - Felipão foi atingido por um rádio de pilha. Pouco depois, o técnico disse que preferia encerrar o assunto. "É uma situação que envolveu um torcedor que não gostou do que aconteceu no jogo. Não quero mais debater esse assunto e não vamos fazer nenhum tipo de protesto formal", falou ao site do clube. "O Goiás será recebido com carinho e respeito no Pacaembu."
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