Felipe evita derrota em Goiás

Corinthians sofre pressão durante todo o jogo e goleiro sai de campo como herói. Desta vez, Ronaldo fica devendo

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Por Anelso Paixão
Atualização:

Com Ronaldo em campo e com um time recheado de reservas, o Corinthians só não perdeu para o Goiás, ontem, em Goiânia, graças ao goleiro Felipe. O empate por 0 a 0 no Serra Dourada teve duas bolas traves, reclamação de pênalti e pelo menos quatro defesas sensacionais do corintiano. "O empate foi bom", admitiu o meia Douglas, um dos poucos titulares em ação. "Tivemos dificuldade para encaixar nosso jogo. Erramos muitos passes na frente." Confira no blog Bate-Pronto a seleção da sexta rodada do Brasileirão 2009 Nos primeiros 45 minutos, o Corinthians atacou uma única vez e ainda assim em um chute de longa distância do meia Elias. Ronaldo mal pegou na bola e, quando o fez, participou com toques laterais. A pressão foi toda do Goiás. Em certos momentos, acabou sendo um duelo de Felipe, atacante do Goiás, contra Felipe, o goleiro corintiano, que levou a melhor. Em um dos lances do duelo, o Felipe "goiano" caiu dentro da área, o árbitro Wagner Tardelli optou por não marcar o pênalti e de quebra lhe mostrou cartão amarelo. O lance mais incrível, porém, ocorreu aos 33 minutos, quando Ernando ganhou de cabeça da zaga corintiana em cobrança de escanteio, a bola bateu na trave, correu sobre a linha e encontrou o meia Elias para afastá-la de cabeça. Os torcedores goianos chegaram a gritar gol, mas a bola de fato não entrou. No intervalo, a reclamação do Goiás era com o árbitro Wagner Tardelli. "O lance capital do jogo foi o pênalti que o juiz não quis dar porque estava longe", disse Felipe, o atacante advertido. Já a dos corintianos era com o time o mesmo. "Eles estão chegando muito, mas nem dá para reclamar do pessoal lá de trás, porque a maioria não vem jogando e está sem ritmo", analisou Felipe, o goleiro. Na volta do intervalo, a surpresa foi a permanência de Ronaldo - Mano Menezes havia anunciado que o Fenômeno deveria jogar apenas um tempo. Como mal pegou na bola nos 45 minutos iniciais, sua participação não serviu para ganhar ritmo, objetivo maior da escalação. "Quem define sempre é o treinador", disse o astro. "Ele (Mano) perguntou como eu estava, disse que estava bem e decidiu me manter, porque o resultado era importante." Quem deixou o campo foi Wellington Saci, muito criticado por Mano durante todo o primeiro tempo. E, com Boquita, o Corinthians conseguiu equilibrar o jogo por alguns minutos. Aos 15, foi a vez de Marcelo Oliveira entrar no lugar de Dentinho e a troca melhorou a marcação sobre o lateral Vítor. A saga de Ronaldo terminou aos 27 minutos, sem nenhuma jogada de perigo, dando lugar a Otacílio Neto. E o time continuou dependendo muito do goleiro Felipe, como nas defesas em chute de Vítor, aos 30 minutos, e na saída nos pés de Iarley, após a cobrança de escanteio. No final, após jogada com Douglas, Marcelo Oliveira chegou com perigo à área dos goianos e foi bloqueado, numa das raras chances corintianas. Agora, o time se desliga do Brasileiro, em que ocupa a 8ª colocação, e passa a pensar exclusivamente na final da Copa do Brasil. O primeiro jogo da decisão será quarta-feira, no Pacaembu. Nesta partida, todos os titulares estarão de volta. O atacante Dentinho deixou o campo com pancada na panturrilha direita e preocupa.

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