Festa da torcida, dor de cabeça de clubes europeus

Torneio, que começa hoje, é rara chance de ver craques em casa

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Por Accra e Gana
Atualização:

Começa hoje, em Accra, capital de Gana, o torneio que é a maior dor de cabeça dos clubes europeus. Rara chance para os torcedores do continente verem de perto seus ídolos, a Copa das Nações Africanas é alvo de revolta das poderosas agremiações da Europa. Isso porque um grande número de astros - como o camaronês Eto?o, do Barcelona, ou o marfinense Drogba, artilheiro do Chelsea - deixam de disputar parte dos importantes campeonatos de seus milionários times para defender suas seleções nacionais. Os clubes franceses foram os que mais abriram mão de jogadores nesta metade de temporada. Ao todo, 44 jogadores deixaram o país. O Nice é o mais desfalcado: perdeu cinco atletas. Tanto que o presidente do time, Maurice Cohen, vai pedir uma revisão do calendário internacional para que a situação não se repita. As reclamações européias, porém, não sensibilizam os mandatários africanos . O presidente da confederação continental, Issa Hayatou, já afirmou que a competição não pode ser disputada em junho ou julho - quando os campeonatos da Europa estão em recesso - porque este é o período de chuvas em boa parte da África. Justificativa que não foi facilmente aceita pela Fifa. "(O período do torneio) é uma tradição, mas alguém precisa ter coragem de analisar o calendário internacional e ver se não é possível cumpri-lo", disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter, à BBC. Brigas à parte, a expectativa é de que a 26ª edição da Copa das Nações Africanas seja uma das mais disputadas, justamente pelos astros que desfilarão por suas quatro sedes - Accra, Sekondi, Kumasi e Tamale. A partida de abertura, hoje, será entre Gana e Guiné. Os donos da casa, tetracampeões (1963, 1965, 1978 e 1982) apostam principalmente na força do meia Michael Essien, do Chelsea.

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