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Festa do polo no interior de SP: só para a elite

Evento em Idaiatuba, único do gênero no Brasil, conta com investimento pesado e a presença de empresários e celebridades

Por RAFAEL VERGUEIRO – Limão.com.br
Atualização:

Uma festa para poucos convidados, e de grande poder aquisitivo. A Copa Ouro São José Polo agitou neste sábado a pequena cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo. Empresários, celebridades e polistas de todos os cantos do Brasil desfilaram roupas de marca e muito charme no evento idealizado pelo empresário José Eduardo Matarazzo Kalil, neto do conde Francisco Matarazzo.O polo é um esporte pouco conhecido no Brasil (leia as regras abaixo). Para se tornar um profissional da modalidade, um polista precisará, no mínimo, de um investimento inicial de R$ 160 mil para a formação de um time (com oito cavalos), e mais R$ 150 mil de manutenção anual. Achou caro? Para Kalil, a emoção de disputar o esporte supera qualquer investimento.“É realmente um esporte caro”, analisa o empresário. “No Brasil, o polo ainda é um esporte amador [cerca de 400 atletas filiados à confederação]. Mas esperamos contar com o auxílio de empresas para torná-lo profissional. É um torneio que reúne virilidade, elegância e ao mesmo tempo possibilita uma interação entre os convidados.”Para organizar o torneio, foram gastos cerca de R$ 1,5 milhão. Parte do valor foi bancado por Kalil, dono do clube São José, que recebeu os competidores. Empresas como Audi, Itaipava, Nestlé, One Health, TNT e Lerosa Investimentos também contribuíram para que o torneio pudesse ter uma maior visibilidade.

“A Copa Ouro São José se tornou a primeira do Brasil a fazer parte do World Pólo Tour [órgão internacional que faz o ranking dos jogadores]”, conta Kalil. “Precisamos que as empresas criem suas equipes. É muito comum um time ser comandado por um patrão [investidor]. Eu, por exemplo, sou o patrão da minha equipe.”

Os convidados [muitos deles chegaram de helicóptero] participaram de um almoço antes dos jogos e puderam provar os materiais dos patrocinadores, como testar o Audi A5 Sportback – após as partidas e entrega dos troféus, a agenda contou com uma balada. “Isso é o legal”, explica Kalil. “Outro esporte não proporciona um momento desse. Só o pólo.”

Se você ficou curioso e se interessou em acompanhar uma partida de polo, fique sabendo que será difícil. “Infelizmente só abrimos o clube para convidados. A segurança hoje é um negócio complicado. Gostaria de fazer os jogos com venda de ingresso, mas no momento é inviável.”

FUTEBOL PAGA MAIS

Um bom jogador de polo ganha hoje no Brasil cerca de R$ 200 mil por ano (como Rodrigo Andrade, o melhor do País). Pelo mundo, os melhores faturam por volta de R$ 7 milhões. “São poucos os atletas que vivem do polo. O futebol paga muito mais”, afirma Kalil. Cristiano Ronaldo, por exemplo, ganha cerca de R$ 40 milhões por ano.

COMO FUNCIONA O POLO

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Imagine um jogo em que você tenha que subir em cima de um cavalo, e, com um taco de pouco menos de 1,5 metro na mão direita, empurrar uma pequena bola contra o gol adversário, em um campo que tem quase seis vezes o tamanho do Maracanã. Este é o polo.

Cada equipe conta com quatro jogadores (dois atacantes, um meia e um zagueiro). As partidas têm seis períodos de sete minutos e a arbitragem é feita por três juízes, dois dentro do campo e um fora.

Para fazer o gol, é necessário jogar a bola entre as balizas (pode entrar a qualquer altura), que tem 7,30 metros de largura, a mesma dimensão do futebol.

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