FHC compara esporte à política

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Por Agencia Estado
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Ao receber hoje a seleção brasileira de vôlei vice-campeã da Liga Mundial, o presidente Fernando Henrique Cardoso comparou o esporte à política, enfatizando que ter moral é fundamental e até mais importante do que vencer. "Esporte é assim: às vezes ganha o primeiro, ganha o segundo, às vezes perde, não tem importância. O importante é ter competência, estar bem preparado, estar treinado, ter um bom treinador, ter moral para poder voltar a jogar. Nesse aspecto é um pouco parecido com política também. Tem quer ter moral. Pode ganhar, pode perder, mas tem que ter posição", discursou Fernando Henrique, de improviso, numa descontraída solenidade no Palácio do Planalto. Bem-humorado, ele comemorou também a escolha do Rio para sediar os Jogos Pan-Americanos em 2007. E comentou, em tom de brincadeira, que embora estivesse proibido pela Lei Eleitoral de falar em candidaturas dentro de prédios públicos como o Palácio do Planalto, hoje poderia abrir uma exceção, uma vez que se tratava da vitoriosa candidatura do Rio, que superou a cidade americana de San Antonio, no Texas, na escolha da sede dos Jogos. "Chega de pessimismo. Estamos num momento em que o Brasil está mostrando o que tem de realização, não é de potencial não, é de realização. Nós não ganhamos o Penta outro dia?", disse o presidente, exaltando a escolha do Rio. Ele contou que já esteve em San Antonio. "Conheço San Antônio. E não dá. Não vou falar mais nada, mas não dá", disse, provocando risos entre os jogadores. Momentos antes, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman, havia agradecido o apoio de Fernando Henrique, que até depoimento em vídeo gravou em favor do Rio, lembrando que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, apenas enviou uma carta. Fernando Henrique aproveitou para destacar que seu sucessor, seja quem for, manterá o apoio do governo federal à realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio. "Neste momento não tem mais volta atrás. Uma porção de coisa no Brasil não tem mais volta atrás. São caminhos que estão abertos e têm que ser percorridos", disse. Em relação aos Jogos, esse de fato parece ser um caminho sem volta: os quatro principais candidatos à Presidência se comprometeram a apoiar a competição, gravando depoimentos no vídeo enviado à comissão julgadora.

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