Publicidade

Fifa abandona o hotel que foi palco de prisões

Decisão foi tomada pela nova secretária-geral da entidade, Fatma Samoura

PUBLICIDADE

Por Jamil Chade e correspondente em Genebra
Atualização:

Pouco mais de um ano depois das prisões de dirigentes da Fifa, a entidade máxima do futebol decide mudar o hotel de luxo em Zurique usado para hospedar os cartolas durante as reuniões da organização na Suíça.

Na manhã do dia 27 de maio de 2015, a polícia suíça entrou no luxuoso e aristocrático hotel Baur au Lac em busca de sete dirigentes, entre eles o brasileiro José Maria Marin. Uma cena que ficará marcada na história do futebol é a dos funcionários usando roupas de cama para esconder os detidos, enquanto a confusão reinava no mundo do futebol. No início de dezembro daquele mesmo ano, mais uma operação faria novos presos. 

José Maria Marin, ex-presidente da CBF Foto: Fábio Motta/ Estadão

PUBLICIDADE

Agora, a Fifa decidiu abandonar o hotel e troca o Baur au Lac por outro local de Zurique, o Hotel Park Hyatt. Ainda que também luxuoso, o novo endereço dos cartolas é bem mais barato que os quartos usados por décadas pelos dirigentes. Em média, as diárias de US$ 1,2 mil passaram a custar "apenas" US$ 580,00 no novo hotel. 

Oficialmente, a decisão foi tomada pela nova secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, que assumiu o cargo prometendo cortar custos em um ano com perdas financeiras de cerca de US$ 110 milhões.

Entre os dirigentes, porém, não são poucos os que admitem que o Baur au Lac não deixava boas recordações. Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, chegou a sair do local às pressas em maio, temendo ser detido. 

Em dezembro, ao Estado, o então presidente da Conmebol, Juan Napout, chegou a brincar sobre o fato de estar hospedado no mesmo lugar que seus aliados haviam sido detidos. Dias depois, foi sua vez de ser preso e extraditado aos EUA.