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Fifa enche a bola do Brasil em relatório sobre 2014

Segurança pública e condições de alguns estádios são únicas ressalvas

Por Silvio Barsetti e RIO
Atualização:

A realização da Copa de 2014 no Brasil depende cada vez mais do Brasil e menos da Fifa. Pelo último relatório divulgado pela entidade, o País oferece todas as condições para ser a sede do evento. O documento elogia a infra-estrutura dos locais que devem abrigar os jogos - 17 cidades, além de Brasília, se candidataram para a escolha final de 12 - e faz apenas pequenas ressalvas sobre segurança pública e condições de alguns estádios. Os serviços de transportes e de hotelaria são citados, de forma geral, como bastante compatíveis para as exigências da Fifa. O relatório foi produzido pela comissão de inspeção da entidade, que visitou o Brasil de 23 de agosto a 1.º de setembro e percorreu quatro cidades (São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Porto Alegre) e o Distrito Federal. O grupo assistiu no Rio à apresentação das outras 13 cidades que pretendem receber seleções e abrigar alguns jogos do Mundial. E ficou impressionado com o envolvimento das autoridades e da população com o projeto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O documento assinala também que o Brasil dispõe de bons aeroportos, capazes de receber milhares de visitantes durante o evento e até apresenta alguns dados sobre cada um dos que integram a lista das 18 localidades. Sobre Congonhas a única observação é a de que os vôos noturnos são proibidos. No capítulo a respeito dos estádios, a Fifa ressalta que 12 dos 18 candidatos devem passar por profundas reformas e os outros teriam de ser construídos. O que chama a atenção, no ítem, é a exigência da entidade sobre novas obras no Maracanã. Recentemente, o Complexo Esportivo do Maracanã virou um canteiro de obras, ao custo de aproximadamente R$ 350 milhões, para se adaptar aos Jogos Pan-Americanos. De acordo com o relatório, nenhum dos estádios brasileiros teria, hoje, condições de abrigar jogos de Copa do Mundo. Mas a entidade reforça sua posição de confiança de que o Brasil conseguirá atender a todas as recomendações com relação aos estádios. Há menções elogiosas também aos recursos do País na área médica, "com hospitais suficientes" nas cidades-candidatas para a demanda de torcedores e profissionais envolvidos diretamente com a competição. Cita um deles como ponto de referência: o Albert Einstein, em São Paulo, "devido a sua importância em âmbito latino-americano e mundial".

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