28 de setembro de 2012 | 03h09
Uma das preocupações é com o comportamento de jogadores que tentam manipular incidentes dentro de campo, jogar a torcida contra o árbitro ou simplesmente simular uma falta. "Nossa mensagem é de que o fair play precisa vingar", disse Massimo Busacca, ex-juiz e que hoje é o coordenador de árbitros da Fifa.
Questionado sobre a polêmica em relação a Neymar, Busacca preferiu não comentar. "Não vou falar em nomes. Não estaria correto. Mas a mensagem é de que, com um futebol veloz e dinâmico, não há como aceitar essa situação", disse.
"Queremos capacitar os árbitros para identificarem essa situação", declarou Jorge Larrionda, ex-juiz uruguaio que apitou a última Copa e que hoje é instrutor do novo grupo para 2014. "A simulação atrapalha quando o juiz não vê", admitiu.
Erro histórico. Autor de um erro que entrou para a história do futebol, Jorge Larrionda, defende a adoção imediata de tecnologia e alerta que, diante da velocidade do futebol atual, a "habilidade humana" já não é suficiente.
No jogo que apitava na Copa do Mundo de 2010, Larrionda não deu um gol legítimo da Inglaterra contra a Alemanha. A bola bateu no travessão e entrou. Mas ele não viu. "Foi um momento muito difícil", comentou. Segundo ele, porém, seu erro abriu as portas para a introdução da tecnologia no futebol. "A tecnologia será uma evolução para o árbitro", disse.
No Mundial de Clubes desse ano, em dezembro, a Fifa vai inaugurar o uso de um sistema para detectar se a bola cruzou ou não a linha do gol. / J.C.
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