A maior preocupação da Fifa para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, não é o andamento das obras dos estádios. Ontem, a 500 dias do início do evento, o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, afirmou que a prioridade agora é assegurar a presença de turistas na competição. Durante solenidade em Johanesburgo, Valcke disse que é preciso começar a "dar vida à Copa". Diante da crise financeira internacional, e pelo fato de a Copa ser a primeira no continente africano, a Fifa teme que torcedores europeus, asiáticos e sul-americanos não viajem para o evento como fariam, por exemplo, caso a disputa fosse na Europa. Embora a Fifa não as veja mais como questão prioritária, as obras nos estádios estão longe do fim, e a África do Sul ainda não "respira" a Copa, na avaliação de Joseph Blatter, presidente da entidade que controla o futebol. O grande teste será em junho, na Copa das Confederações. Os organizadores do Mundial expressaram preocupação de que os estádios não estejam cheios no torneio e pediram que os torcedores sul-africanos acabem com o hábito de comprar ingressos somente no dia dos jogos. "Nós temos o desafio de lotar os estádios", disse Danny Jordaan, chefe executivo do comitê organizador da Copa. A questão é como enchê-los.