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Fina descarta nova punição a nadador russo que demonstrou apoio a Putin

Evgeny Rylov, um dos destaques da natação na última Olímpiada, teve sua suspensão junto à Federação retirada

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Por Redação
Atualização:

A Federação Internacional de Natação (Fina) descartou aplicar nova punição ao nadador russo Evgeny Rylov, que disputou um torneio nacional dias após ser suspenso pela entidade. Rylov foi um dos grandes destaques da modalidade na Olimpíada de Tóquio, no ano passado, mas vive momento difícil no mundo da natação após demonstrar apoio público ao presidente Vladimir Putin.

"A Fina analisou o envolvimento do Sr. Rylov no Campeonato Russo de Natação e não vai tomar nenhuma medida a respeito. O torneio não conta com o aval da Fina e não tem qualquer relação com a entidade", justificou a federação, em comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Evgeny Rylov foi um dos destaques da Olimpíada de Tóquio, realizada no ano passado. Foto: Lusa / EPA

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A Fina acredita que a suspensão de nove meses e o impedimento do russo em disputar o Mundial de Budapeste, na Hungria, neste ano, já são punições suficientes ao atleta, que conquistou a medalha de ouro nos 100 e nos 200 metros costas na capital japonesa, no ano passado.

A suspensão foi consequência da participação de Rylov em evento no estádio Lujnki, em Moscou, para comemorar os oito anos da anexação da Criméia ucraniana pela Rússia. A comemoração contou com cerca de 95 mil pessoas no estádio e 10 mil do lado de fora. O evento, realizado em março, foi interpretado como demonstração de força interna do presidente Vladimir Putin em meio à invasão da Ucrânia.

Vários esportistas russos de renome, entre eles o nadador, participaram desse ato. Na ocasião, ele usou uma jaqueta contendo a letra Z, que não faz parte do alfabeto russo, mas se tornou o símbolo da invasão russa na Ucrânia.

Conhecido apoiador de Putin, Rylov já havia desistido de disputar o Mundial de Budapeste em protesto contra os atletas do seu país que foram impedidos de disputar outras competições internacionais nos últimos meses, como a Paralimpíada de Inverno de Pequim, na China.

A Fina acabou proibindo a participação de atletas da Rússia e de Belarus em todos os seus eventos agendados para este ano, em retaliação à invasão russa.

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