Finazzi desmente Mano e cria polêmica

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Por Fábio Hecico
Atualização:

Finazzi está disposto a dar a volta por cima na carreira. Mesmo longe do Parque São Jorge. Dois meses após ter sido afastado do time titular por Mano Menezes, o atacante quebrou o silêncio. Desabafou, deixou evidente uma mágoa com o treinador e deixou a diretoria do clube à vontade para uma possível rescisão de contrato. "Eu não fico onde não me querem bem. É só chegar e conversar", avisou. Sereno e seguro, Finazzi falou sobre seu afastamento. Substituído no intervalo do jogo contra o Sertãozinho (0 a 0) no dia 30 de janeiro, sob alegação de contusão, só voltou a jogar domingo - entrou na segunda etapa diante do Marília. O atacante tem outra versão para sua saída. "Quando eu saí, foi por opção do treinador. Acho isso normal, pois outros saíram e voltaram, eu respeito", ponderou. E as dores no joelho apontadas por Mano como motivo para a ausência? "Essa dorzinha na cartilagem me acompanha na carreira e nas partidas e nunca me atrapalhou", garantiu. "Daí, como estava fora, fui tentar curar." Entrar em atrito com o comandante, contudo, está fora dos planos de Finazzi. Confiante, o atacante só fala em "vida nova". "Adriano (São Paulo), Kléber Pereira (Santos) e o Alex Mineiro (Palmeiras) também foram criticados no começo do ano, continuaram jogando e estão bem. Eu não tive a oportunidade, mas também espero dar a volta por cima, sem rancor." Se a recuperação não ocorrer no Corinthians, vai ser em outro lugar, garante Finazzi. "Tenho condições de jogar em qualquer clube", acredita. "Mas tenho contrato até dezembro e se ficar será com disposição e felicidade." SEM ATRITOS No clube, há comentários de que Finazzi incomoda também por reclamar bastante - criticaria os hotéis escolhidos nas viagens, as camas desses hotéis e o ônibus usado para o deslocamento dos jogadores. "Ele não é reclamão e sim inteligente. Quer saber de tudo. Onde o elenco vai ficar, se os locais são adequados??, defende o diretor de futebol Nenê do Posto. O dirigente diz que o único problema, já resolvido, foi em relação a ter de usar, em compromissos profissionais, a camisa com os logotipos dos patrocinadores do Corinthians. Finazzi esclarece. "Gostaria de vestir a marca que vinha utilizando, que uso por amizade. Mas não reclamei. Só não gostei da camisa que me deram e pedi outra", justificou. "Sobre o ônibus, passo mal se for todo fechado. Fico na frente, perto da janela, sempre por ordem dos treinadores."

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