'Futebol é assim: se você não mata, morre', lamenta Muricy

Técnico santista fica inconformado com as chances de gol perdidas na Libertadores

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

LA PAZ - Desde a semana passada Muricy Ramalho tinha decidido que na estreia na Libertadores o lateral-direito seria Fucile e o esquerdo, Juan. Disse isso depois da vitória sobre o Botafogo em Ribeirão Preto, pelo Paulista, e preparou o Santos com essa formação para a partida em La Paz, mas quando o ônibus estava a caminho do estádio o técnico foi informado de que teria de mudar de planos porque Juan estava suspenso - foi expulso pelo São Paulo em jogo contra o Libertad ano passado em Assunção."Não sei o que aconteceu, mas alguém errou nessa história. A gente estava vindo para o estádio quando me disseram que o Juan não poderia jogar", afirmou Muricy.Sobre a atuação do time, o técnico lamentou a falta de precisão nas finalizações e a derrota por 2 a 1 para o The Strongest. "Tivemos várias chances para marcar e não matamos o jogo. E o futebol é assim: se você não mata, morre. Um time como o nosso tem de matar." O treinador também não atribuiu a derrota aos efeitos da altitude de 3.660 metros de La Paz."Mesmo com as dificuldades que tivemos, tínhamos de ter vencido. A altitude realmente é um adversário, porque o time fica desigual fisicamente, mas criamos muito. E um time como o nosso tem de matar o adversário", disse Muricy.A delegação embarcaria de volta para o Brasil, em voo fretado, na madrugada de quinta-feira. O próximo jogo do Santos na Libertadores será contra o Internacional, dia 8 de março, na Vila Belmiro.No Campeonato Paulista, o time santista visita o Mirassol, no sábado, às 18h30. Muricy deve armar a equipe com os reservas. DESABAFODo lado do The Strongest, o atacante Pablo Escobar, que já jogou em clubes brasileiros como Santo André e Ponte Preta, fez duras críticas à imprensa boliviana após o jogo."O que o Neymar ganha em um mês nós todos os 22 jogadores do The Strongest não ganhamos em oito meses. Não tem comparação. Vocês da imprensa tinham de ficar uma semana acompanhando o Santos e depois uma semana com a gente para saberem da diferença", desabafou o atacante.Escobar também fez uma comparação do seu time com o do Santos para ressaltar a grandiosidade da vitória dos bolivianos na estreia na Libertadores."Vocês viram o que fizemos. Eles vinham com o Ganso, outra hora era com Neymar, outra com Elano, outra com Borges. São todos jogadores grandiosos. E mesmo assim fomos lá e superamos. Isso precisa ser ressaltado", insistiu Escobar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.