Gabriel Medina está instalado em uma grande casa de sua patrocinadora, a Rip Curl, com outros atletas, em um ponto muito cobiçado pelos surfistas: em frente à praia de Pipeline, onde será realizada a última etapa do ano do Circuito Mundial de Surfe que pode consagrar o garoto de Maresias como o campeão da temporada.
Como está bem localizado em relação ao palco da competição, Medina tem aproveitado todo tempo que pode para treinar nos famosos tubos. "É uma casa grande, de três andares, tem vários quartos. O meu é na parte de cima. É um lugar legal porque fica na frente de Pipeline. Dá para ver o melhor horário para ir surfar, porque o acesso é bem fácil."
Quem também está nessa residência é o australiano Mick Fanning, que disputa com Medina e com o norte-americano Kelly Slater o título da temporada. Os quartos deles são próximos e eles têm uma boa convivência. O brasileiro sempre coloca Fanning como um dos seus ídolos no esporte, e em outras edições da competição no Havaí o australiano deu várias dicas para Medina.
BLINDAGEM
Desde que chegou ao Havaí, Medina tem tentado manter o foco na disputa e está evitando distrações. Charles, seu pai e treinador, até chegou a colocar um aviso na porta da casa em Pipeline pedindo para que as pessoas não assediem o surfista neste momento tão importante.
Em Peniche, na etapa anterior, Medina foi muito assediado. E a avaliação do estafe do garoto foi que isso atrapalhou a concentração para a disputa do campeonato. Com isso, ele deixou de conquistar o título mundial por antecipação e agora vê dois rivais de peso, Slater e Fanning, que juntos têm 14 títulos mundiais, com chances de estragar a sua festa na etapa no Havaí.