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Ganso encara clássico como um recomeço

Em baixa após perder prestígio na seleção e ser chamado de mercenário pela torcida santista, meia precisa ressurgir

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Por Sanches Filho e SANTOS
Atualização:

Mais do que qualquer outro jogador do Santos, Paulo Henrique Ganso precisa mostrar eficiência e qualidade no clássico contra o Corinthians, hoje, às 16h, na Vila Belmiro. É que, depois da viver a sensação de ser considerado modelo de armador moderno e ser unanimidade nacional para assumir a camisa 10 da seleção brasileira, o meia tem amargado uma frustração atrás da outra. A última foi quase humilhante, o corte, por deficiência técnica, da equipe nacional que enfrentou a desfalcada Suécia, quarta-feira. A partir de agora, Ganso terá que jogar bem e ainda provar que está recuperado das seguidas lesões e que as cirurgias nos dois joelhos não deixaram sequelas. Como também tem de evitar protagonizar com o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, novos capítulos da cansativa novela sobre os detalhes que envolveriam a sua provável saída, para voltar a ser aceito pelo torcedor mais exigente. As polêmicas com a direção santista só aumentaram os problemas de Ganso. Depois de marcar o terceiro gol da vitória de virada por 3 a 1 sobre o Figueirense, o meia foi surpreendido pelos gritos de mercenário e com moedas atiradas por alguns torcedores na sua direção. "Estão me chamando de mercenário, mas se eu realmente fosse mercenário estaria longe do Santos há muito tempo. Fazer o quê. Torcedor é assim mesmo'', conformou-se. Apesar das incertezas, Ganso ficou otimista com a sua atuação na quinta-feira e prevê a sua recuperação e também no sucesso do novo Santos. "Agora tem bastante gente de qualidade e, além disso, os contundidos estão saindo do departamento médico.''O seu contentamento foi pelo gol marcado e também pela volta do companheiro André, além da chegada de Patito Rodríguez, armador de qualidade e movimentação, para ajudá-lo na articulação do jogo. Muricy Ramalho não se preocupa com o mau momento de Ganso. Para ele, não há nada de errado com o meia, mas também não espera que volte aos seus melhores dias imediatamente. A sua tese é que jogador que vai para a seleção só retorna bem quando participa de todas as partidas. "Quem não joga, treina pouco e acaba perdendo o condicionamento. Mas, com uma boa sequencia ele se recupera'', acredita o comandante santista.

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