Gás no vestiário tricolor e apagão

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Por Martín Fernandez e Daniel Akstein Batista
Atualização:

Os jogadores do São Paulo tiveram de passar o intervalo no gramado do Palestra Itália. Ao fim do primeiro tempo, os atletas tentaram descer para o vestiário, mas voltaram assim que chegaram às escadas de acesso. O vestiário estava infestado com um tipo de gás, que não permitia a permanência da equipe ali. Dirigentes e comissão técnica tricolores mostraram irritação. ''É um absurdo, é inacreditável que isso aconteça num jogo importante como este'', esbravejou o vice de futebol, Carlos Augusto Barros e Silva. Um dos mais bravos era o fisiologista Turíbio Leite de Barros. ''Nossos atletas não tiveram como repousar no intervalo, é uma vergonha.'' O gás foi jogado para dentro do vestiário através de três janelas. Repórteres de rádio tentaram ir ao local, mas não conseguiram por causa do efeito da substância. O tenente-coronel Carlos Botelho, da PM, preferiu não apontar culpados.. ''Pode até ter sido alguém do próprio São Paulo para fazer uma onda por causa do resultado'', declarou. O placar mostrava 1 a 0 para o Palmeiras. Mais tarde, Botelho admitiu que um tipo de spray, que garantiu não ser gás de pimenta, foi mesmo atirado no vestiário. Irritados, os dirigentes do São Paulo afirmaram que fariam um Boletim de Ocorrência após o jogo. Depois, deixaram o Palestra e assistiram ao segundo tempo no CT. O elenco foi embora sem passar pelo vestiário. O técnico Muricy Ramalho também reclamou. ''Ninguém conseguia respirar.'' Mas garantiu que o episódio não influenciou o resultado da partida. Outro incidente foi um apagão no Palestra Itália logo após o segundo gol palmeirense.

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