Publicidade

Gesta de Melo crê na inocência de Maurren

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Roberto Gesta de Melo, presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), ainda não conseguiu conversar com Maurren Higa Maggi, suspensa por dois anos por uso da substância proibida Clostebol. De qualquer maneira, o dirigente tem certeza de que ela recorrerá ao Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) para julgar seu caso. Sobre a suposta estratégia de Maurren esperar até janeiro do ano que vem pelo novo código da Agência Mundial Antidoping (WADA), que promete uma pena mais branda para alguns casos de doping, Gesta de Melo faz um alerta. "Na Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), ainda estão estudando o novo código e como serão as adaptações a serem feitas para ser finalmente implantado. O caso da Maurren foi julgado no código vigente da Wada, não sei dizer se poderá ser julgado pelo novo", afirmou o presidente. Gesta de Melo está convicto de que a saltadora vai recorrer à Justiça Desportiva. "Não conversamos, mas certamente ela deve exercer o direito dela de ir ao STJD. Ela alega inocência e eu acredito nisso também. Se for absolvida, a IAAF se encarregará de encaminhar o caso para seu próprio Conselho. Se ela for julgada culpada, a última chance é recorrer à Corte de Arbitragem do Esporte, na Suíça, que corresponde ao tribunal do Comitê Olímpico Internacional", explicou o dirigente. "Agora, se ela não for absolvida nem pelo STJD, pode recorrer direto ao órgão suíço." Mesmo estando há 16 anos na presidência da CBAt, Gesta de Melo não quer prever o julgamento da atleta. "Não tenho idéia do que pode acontecer, apesar de ela alegar inocência. Mesmo por questões éticas, não posso dizer se acho ou não que ela será absolvida. É um assunto que já foge da minha alçada." O fato de perder Maurren por dois anos das competições deixou o presidente da CBAt chateado. "Não só porque ela tem uma categoria, um alto nível técnico. Conheci a Maurren desde pequena e criei laços pessoais com ela. Sempre foi uma atleta exemplar na seleção brasileira. Acredito quando ela diz que foi involuntário o uso da substância. Na verdade, admito que estou muito abalado porque o Brasil perdeu seu maior ídolo no atletismo, perdeu chances de medalha nos Jogos Pan-Americanos de São Domingos, no Mundial de Paris e pode perder na Olimpíada do ano que vem, na Grécia", lamentou. A assessora de imprensa de Maurren não quis dar informações sobre a atleta. "Ela está viajando, não vai falar sobre o assunto e nem dar entrevista coletiva", resumiu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.