Ginástica: filho não deixa Oksana parar

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Por Agencia Estado
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Aos 29 anos, Oksana Chusovitina, do Usbequistão, é a mais velha ginasta em atividade - está no Rio para a disputa da Copa do Mundo. A maior justificativa para a sua permanência no esporte é a necessidade de custear o tratamento do filho de quatro anos, que tem leucemia. Atualmente, ela lidera o ranking da prova de salto, depois de ter sido campeã deste aparelho no último Mundial, ano passado, em Anaheim (EUA). "A ginástica não acaba mais aos 16 anos. Hoje, você tem, por exemplo, no Brasil, a Daiane (dos Santos) e a Camile (Comin), que têm 21 anos", disse Chusovitina. "Tinha decidido parar quando ganhei o meu filho, mas precisei voltar." Chusovitina não gosta muito de falar sobre a doença do filho e, em público, prefere atribuir seu retorno ao amor pela ginástica. Na realidade, o tratamento realizado pelo menino tem um custo elevado, principalmente porque eles precisam morar na Alemanha, onde ele se submete a um tratamento intensivo. Em 2000, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBGin) chegou a oferecer apoio a Chusovitina, no Hospital das Clínicas de Curitiba. Mas a atleta optou por permanecer na Europa. Simpática, Chusovitina elogiou as apresentações de Daiane, com quem vai competir no salto, sua especialidade. A ginasta usbeque já criou e deu seu nome a três movimentos na ginástica, sendo dois nos exercícios nas paralelas assimétricas e o outro no salto. "Daiane faz tudo parecer fácil. Quando a vejo se apresentar, sua energia me contagia e dá vontade de sair pulando", contou Chusovitina.

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