A goleada de 8 a 1 que o Santos impôs ao Guarani pela Copa do Brasil pode ser um mau sinal para o São Paulo, na segunda partida da semifinal do Campeonato Paulista, domingo, mas não assustou a equipe tricolor. No máximo deixou os são-paulinos preocupados. Afinal, vai ser difícil não levar gols na Vila Belmiro. E o tricolor precisa vencer por pelo menos dois gols de diferença para reverter a vantagem santista ? fez 3 a 2 no primeiro jogo, no Morumbi."Não era o São Paulo que estava em campo ontem (quarta-feira), mas outra equipe", lembra o volante Hernanes. "A gente não pode jogar por esses times que o Santos vem goleando. Mas jamais uma equipe grande como a nossa vai se assustar com um resultado de outra competição."Mas Jorge Wagner, que corre o risco de perder posição caso o técnico Ricardo Gomes opte por escalar três atacantes na partida de domingo, não esconde a preocupação. "Não é só pelo último jogo. A gente vem acompanhando o Santos e realmente eles estão se destacando. Vamos precisar ter muito mais atenção na Vila Belmiro", imagina o armador.O que mais incomoda os são-paulinos é o fato de o Santos ainda não ter terminado uma partida sequer na temporada sem fazer gols. Sua média no ano é de mais de três gols por jogo. Isso significa que, provavelmente, o São Paulo vai precisar marcar mais que dois gols para se classificar à final do Paulista. Tarefa das mais improváveis."O mais difícil realmente não é fazer dois gols, mas não tomar nenhum", admite Hernanes. "Mas em futebol tudo é possível, não tem nada perdido."Juiz suspenso apita semi. A Federação Paulista de Futebol (FPF) fez, ontem, o sorteio para a definição do árbitro de Santos x São Paulo. O jogo será apitado por José Henrique de Carvalho, que está suspenso pela CBF por não ter advertido o zagueiro Rodrigo, do Chapecoense, que deu entrada violenta em Obina, do Atlético-MG, pela Copa do Brasil. O atacante sofreu ruptura no ligamento do tornozelo esquerdo e ficará fora do futebol por pelo menos três meses. José Henrique comandou Santos 2 x 1 Corinthians, pelo Paulista, expulsou Roberto Carlos e foi criticado pelos corintianos.