O presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, afirma que o Governo Federal pode ajudar os clubes de futebol na reestruturação de suas finanças. O economista sugere que uma linha de crédito, vinda do BNDES, por exemplo, poderia ser aberta e colocada à disposição das entidades que tentam sair da insolvência. "Não estou falando em dar dinheiro público, mas em oferecer financiamento. Isso não tem nada de mais", defendeu o dirigente, assessor econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas, como contrapartida, devem existir regras muito duras para que o clube realmente use o dinheiro para pagar dívidas, não para fazer festa." Os dirigentes deixam claro que a Timemania, loteria criada para abater as dívidas dos clubes junto ao Governo Federal, não atingiu o seu objetivo. Primeiro, porque a arrecadação projetada pela Caixa Econômica Federal foi superestimada. Segundo, porque os clubes não recebem nenhum porcentual das apostas. "Em vez de todo o dinheiro arrecadado ir para o Governo, uma parte dele deveria ser destinada aos clubes. Hoje não temos poder de investimento", afirmou Delair Dumbrosky, presidente em exercício do Flamengo, um dos maiores devedores.