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Grécia, freguesa no caminho do vôlei

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Brasil pode, mais uma vez, estragar a festa dos anfitriões em Atenas. Os gregos, até agora, são um verdadeiro sparring dos brasileiros na Olimpíada, com quatro derrotas em quatro confrontos de diferentes modalidades. Nesta sexta-feira, só um milagre evitará o quinto tropeço. Brasil e Grécia se enfrentam às 10 horas (de Brasília), pelo Grupo A do torneio feminino de vôlei, com amplo favoritismo das meninas sul-americanas. Brasileiros e gregos, que, fora da quadra costumam ter afinidade, duelaram no futebol feminino (7 a 0 para as comandadas de Renê Simões), no basquete feminino (87 a 75 para a equipe de Antônio Carlos Barbosa), no handebol feminino (29 a 21 para o time da goleira Chana) e no vôlei de praia das mulheres (2 sets a 0 para Ana Paula e Sandra contra Koutroumanidou e Arvaniti). Os visitantes não tiveram trabalho em nenhuma ocasião. José Roberto Guimarães não tem intenção de quebrar essa série vitoriosa. Embora a seleção feminina já esteja classificada para as quartas-de-final do vôlei, o treinador quer o primeiro lugar da chave para iniciar a etapa eliminatória contra adversários teoricamente mais fracos. "A Grécia está tentando se classificar e, se perder, ficará em situação complicada. Será um jogo de vida ou morte para elas." Por isso, resolveu escalar as titulares no início da partida, com boas possibilidades de fazer várias mudanças durante os sets. "A torcida vai pressionar e nós precisaremos ter aplicação para vencer." O emocionante triunfo sobre a Itália, quarta-feira, por 3 a 2, colocou o Brasil na liderança da chave e deu ainda mais moral às jogadoras. O elenco e Zé Roberto, no entanto, reconheceram que a equipe errou demais em alguns momentos do jogo e precisa melhorar para chegar ao ouro. Treino - Contra a Grécia, fraquíssima no vôlei, o grupo terá a oportunidade de treinar fundamentos como o passe e o bloqueio, ainda longe do ideal. "O time vai crescer durante a Olimpíada, a gente ainda pode melhorar" comentou a ponta Virna. A primeira fase não vem empolgando. Com exceção da perigosa Itália, os outros rivais da chave são bem limitados. O time, então, aproveita a fragilidade dos concorrentes para treinar forte. O que não falta é trabalho de fortalecimento muscular. "A musculação ajuda a gente a bater com mais força na bola", contou Virna. A expectativa é de que o Ginásio da Paz e de Amizade receba mais gente - cerca de 10 mil pessoas - que nos jogos anteriores do Brasil, por causa da presença da Grécia em quadra. As próprias brasileiras torcem por bom público para animar o confronto. Porque interesse, mesmo, não há quase nenhum. "Mas só o fato de jogarmos uma partida de Olimpíada já dá motivação", garantiu Virna.

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