A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não realizará hoje qualquer festividade para lembrar que, há 50 anos, a seleção brasileira masculina ganhava o inédito título mundial. Entretanto, o presidente da entidade, Gerasime Bosikis, o Grego, pegou carona nas homenagens planejadas pela Federação Brasileira de Basquetebol Master, iniciadas ontem em Brasília. Cinco remanescentes do título de 1959 - Edson Bispo, Jathyr Schall, Pecente, Waldir Boccardo e Wlamir Marques - foram recebidos pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, e pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Amaury Pasos, indisposto, não foi para Brasília. Grego esteve em ambas as reuniões e também participou de uma homenagem realizada durante o jogo entre Brasília e Bauru, válido pela segunda rodada do Nacional Masculino - ao entrar na quadra, foi vaiado. O Estado apurou que Grego comunicou à organização do evento que iria participar das homenagens no fim da tarde de quinta-feira. Os ex-jogadores aceitaram a presença do dirigente, mas apenas em respeito à entidade que rege o basquete. Ausente das festividades de ontem, Amaury Pasos deixou claro o sentimento de repúdio dos jogadores em relação ao presidente da CBB. Em e-mail enviado a Grego e, depois, repassado ao jornalista Juca Kfouri, o ex-jogador critica a falta de manifestações da entidade em relação ao cinquentenário. "Talvez você (Grego) esteja esperando completarem-se 100 anos (do título), por ser uma data mais significativa", afirma Amaury, em um trecho da mensagem. Na terça-feira, a CBB publicou uma nota de esclarecimento em seu site, informando que decidiu realizar um evento específico para os campeões mundiais em agosto, quando a seleção masculina vai se reunir, no Rio, para preparação para a disputa da Copa América.