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Hipismo já pensa nos Jogos Eqüestres

Por Agencia Estado
Atualização:

Os Jogos Eqüestres Mundiais, de Jerez de La Frontera, em outubro de 2002, serão o compromisso internarcional mais importante do hipismo na gestão do civil Camilo Ashcar Jr., que substitutiu o general Santa Cruz, na presidência da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). Camilo não tem dúvidas que o envolvimento e a participação da família Pessoa, o pai Neco, como técnico, e o filho Rodrigo, como cavaleiro, será fundamental para que o Brasil mantenha-se competindo por títulos. A conclusão é que o hipismo depende totalmente de cavaleiros brasileiros que vivem na Europa. E também de um proprietário, que nem brasileiro é. Trata-se do português Diogo Coutinho, dono de Baloubet du Rouet e de outros cavalos de ´primeira linha´ do hipismo mundial, alguns desses animais sob a responsabilidade da família Pessoa. Digo Coutinho já vendeu o cavalo Ralph para a Áustria - o animal formou conjunto com o brasileiro Luiz Felipe de Azevedo na conquista da medalha de bronze, por equipe, nos Jogos Olímpicos de Sydney. "A competição internacional é a nossa vitrine e o Neco é essencial nisso. Ele tem a chave das coisas", disse Camilo, referindo-se ao fato de Neco Pessoa viver há 40 anos na Europa - dirige o Haras de Ligny, perto da capital belga Bruxelas. Rodrigo Pessoa é o atual campeão do Mundial, título conquistado em 1998, em Roma. "Dependemos totalmente de Rodrigo e de seus cavalos." Camilo disse que o Brasil tem hoje uma legião de bons e experientes cavaleiros, com condições de estar representando o País no Mundial de 2002. Muitos deles no exterior. "Temos 25 cavaleiros brasileiros treinando na Europa, no CCE (Concurso Completo de Equitação) e nos saltos e isso será fundamental para o Mundial", observou Camilo. Além dos cavaleiros que estão na Europa, como o próprio Felipinho e Álvaro Afonso de Miranda Neto o Doda, muitos bons cavaleiros que estão no Brasil, entre eles Vitor Alves Teixeira, Bernardo Rezende Alves e André Johannpeter podem ir ao Mundial. Faltam cavalos, como sempre. Rapidamente, essa é uma questão que não pode ser resolvida. O Brasil ainda vai depender de Rodrigo para pensar em um título em Jerez de La Fronteira e dos cavalos de Diogo Coutinho ou de outro proprietário europeu - um italiano é o dono Lianos, o animal com o qual Rodrigo ganhou o último Mundial. A saída para o País ter cavalos desse mesmo nível dos europeus está distante, ou pelo menos exigirá estímulo às criações da raça Brasileiro de Hipismo (BH) e parcerias entre proprietários, investidores e cavaleiros. Valorização - As competições internacionais, o ´espelho´ como afirma Camilo, é apenas uma das preocupações da CBH - um plano para a ida de uma equipe ao Mundial será entregue ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e à Secretaria Nacional de Esportes - a entidade espera apoio financeiro. Entre os projetos de Camilo está o de revalorizar os campeonatos brasileiros em todas as categorias. É idéia do dirigente oferecer vantagens reais ao campeão nacional, desde a isenção do pagamento de taxas de concursos e de estabulagem, até transformar o Brasileiro em seletivo para torneios importantes, como o Concurso de Aachen. Para isso, o dirigente fez um pacote que está sendo negociado por agências de marketing com patrocinadores.

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