PUBLICIDADE

Publicidade

Hipismo: só 3 cavaleiros em Aachem

A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) confirmou as inscrições de Rodrigo Pessoa, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, e Bernardo Rezende Alves.

Por Agencia Estado
Atualização:

Nem a norte-americana Keri Potter, nem Luiz Felipe de Azevedo, pai, o Felipinho, e nem Luiz Felipe de Azevedo Filho. A equipe brasileira de hipismo terá apenas três dos quatro cavaleiros que poderia inscrever na Copa das Nações de Aachen, na Alemanha, de 12 a 17. Hoje, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) confirmou as inscrições de Rodrigo Pessoa, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, e Bernardo Rezende Alves. Felipinho havia criticado a pré-inscrição de Keri, antes do casamento com Rodrigo Pessoa, dia 23, e da naturalização como brasileira. Rodrigo não gostou e vetou a participação dos integrantes da família Azevedo em Aachen, depois de retirar a incrição da noiva. "Eu disse mesmo ao Camillo (Aschar Junior, presidente da CBH) que eu não iria porque ele criou um clima muito ruim", confirmou Rodrigo, referindo-se a possibilidade de a CBH convocar Felipinho para a Copa das Nações. "Eu não convoco, a decisão não é minha, mas posso sugerir", acrescentou Rodrigo. A confederação só não precisou vetar Felipinho porque o cavaleiro retirou, por carta através de seu pai e procurador Audifax Azevedo, na terça-feira, a sua inscrição. Mas manteve a do filho, Luiz Felipe de Azevedo Filho, que, no entanto, não foi inscrito na equipe. Camillo Aschar Junior disse que a decisão foi tomada pela Comissão de Saltos da entidades "com base em critérios técnicos". A CBH entendeu que os resultados de Luiz Felipe, o filho, nas competições desse ano (Pontedera, Morcelli e Roma) não são bons o suficiente para que possa ser inscrito em uma prova difícil, como a de Aachen, com obstáculos a 1,60 m de altura. Felipinho, pai, disse, hoje, que ainda não havia sido informado da decisão. "Se a CBH achou por bem fazer assim...", comentou, sobre a inscrição de apenas três conjuntos, evitando falar mais sobre o assunto. "Você já sabe o que o tribunal decidiu sobre a Keri?", questionou. O Tribunal de Justiça Desportiva da CBH apresentou um parecer parcial, dando conta de que a norte-americana tem autorização da Federação Equestre Internacional para competir pelo Brasil, mas não poderia participar de uma Copa das Nações, um concurso de seleções. Mas com a retirada da pré-inscrição da amazona o parecer ficou em segundo plano. "A confederação está certa. Sem a Keri que, infelizmente, não pode competir por uma questão legal, não temos, no momento, mais conjuntos com qualidade para ir a Aachen. Vamos disputar em três apenas", afirmou Rodrigo. "A confederação quer um hipismo mais profissional e para isso terá de ser mais rígida", acrescentou. O presidente da CBH observou que qualquer decisão que a entidade adotasse seria polêmica. Lamentou que Rodrigo e Felipinho, que estiveram juntos na disputa das duas medalhas de bronze olímpicas do Brasil, em Atlanta (1996) e em Sydney (2000), não se entendam. "Fico preocupadíssimo. Com essa briga quem perde é o esporte."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.