PUBLICIDADE

Publicidade

Histeria no Vietnã: chega a seleção

Cerca de 2 mil vietnamitas foram ao desembarque do time de Dunga. Houve empurra-empurra, correria, gritos...

Por Hanói
Atualização:

A cara de sono do meia Ronaldinho Gaúcho logo ganhou traços de espanto e de preocupação ao ver, no saguão do Aeroporto Internacional Noi Bai, em Hanói, capital do Vietnã, cerca de 2 mil pessoas se acotovelando e se empurrando para prestigiar a chegada da seleção olímpica brasileira ao país. Uma multidão de fãs logo às 8h45. Visite o canal especial dos Jogos Com uma timba (instrumento de percussão), o astro foi o primeiro a encarar a multidão. Mesmo cercado por vários policiais locais, não foi fácil a chegada ao ônibus que levaria a delegação ao hotel. Na sexta-feira a equipe faz o último amistoso antes da estréia na Olimpíada de Pequim. Encara a seleção do Vietnã, no Estádio Nacional. Com cartazes "Amo Brasil-Vietnã" e disposto a tudo para se aproximar dos ídolos, os vietnamitas deram muito trabalho às autoridades locais. Alguns conseguiram se aproximar do atacante Jô. O atleta do inglês Manchester City foi agarrado e quase perdeu suas roupas. O supervisor Américo Faria levou um tombo no meio do tumulto, mas não se machucou. "A gente já está acostumado com isso, em ser bem recebido nos lugares, mas o que aconteceu aqui foi uma loucura. Poucas vezes, em todas as cidades em que estive, vi algo parecido", disse Ronaldinho Gaúcho. "Recebemos um carinho enorme do povo em Cingapura e essa recepção no aeroporto no Vietnã foi indescritível", endossou o lateral-esquerdo Marcelo. "Espero que esse carinho e a energia positiva nos acompanhem também em Pequim", reforçou. "Se a torcida continuar desse jeito, vamos acabar nos sentindo em casa, apesar do sofrimento com o calor e a diferença de fuso horário." O duro era ser protegido e ao mesmo tempo assediado pelos próprios policiais, dispostos a tudo para ganhar um autógrafo ou uma foto de recordação. Desde o vôo a tietagem rolou solta. No percurso entre Cingapura e Vietnã, as aeromoças não conseguiram se conter e acabaram pedindo autógrafos no próprio uniforme. Acabaram incentivando os outros passageiros a fazer o mesmo. Cansados, os brasileiros tiveram de mostrar simpatia para intermináveis sessões de fotos. Mas ainda havia o desembarque. Após encararem a multidão e já com todos devidamente acomodados no ônibus que levaria a delegação ao Hotel Sheraton (onde iriam direto para o jantar), um susto. Faltava o meia Anderson. O jogador do Manchester United, escondido, estava pregando uma peça nos integrantes da comissão técnica, o que terminou numa grande gargalhada coletiva, mostrando bem o espírito de felicidade do grupo que tentará trazer, pela primeira vez na história, o ouro olímpico para o País. Os risos dos jogadores ainda seguiram no trajeto até o hotel, ao verem uma mini corrida acontecendo pelas ruas. Os vietnamitas acompanharam, muitos descalços, o ônibus brasileiro por uns 400 metros.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.