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Holyfield deve lutar ainda neste ano

Por Agencia Estado
Atualização:

"Mike Tyson e Evander Holyfield são almas gêmeas. Um não vive sem o outro." Esta frase foi dita, em 1999, pelo jornalista Steve Farhood, então editor da revista The Ring, antes do combate entre Tyson e o sul-africano Frans Botha, em Las Vegas. Sábado passado, Tyson, próximo de completar 39 anos, pendurou as luvas. Holyfield, aos 42, timidamente, ainda planeja lutar este ano. Talvez na Alemanha, contra um adversário desconhecido para no ano que vem buscar o quinto título mundial dos pesos pesados. A exemplo de Tyson, Holyfield não é mais sem sombra do pugilista que marcou época primeiro entre os pesos cruzadores e depois entre os pesos pesados. Nas últimas nove lutas, desde 1999, foram penas duas vitórias, dois empates e cinco derrotas. Atuações medíocres diante de pugilistas fracos como Larry Donald, em novembro do ano passado no Madison Square Garden, quando foi derrotado por pontos, após 12 entediantes assaltos. Então o que motiva Holyfield a piorar seu cartel a cada luta? "The Real Deal" (Cara Autêntico) mora em uma mansão, em Atlanta, Geórgia, comprada em 1996 por US$ 15 milhões. São mais de 70 cômodos. "Muitos deles nunca foram usados", disse Holyfield. No terreno de 18 mil metros quadrados, o destaque é a piscina de 1,6 mil metros quadrados - a maior do Estado da Geórgia. Junto com ele vivem seus sete filhos, fruto de dois casamentos e duas aventuras extra-conjugais. Além de boa parte de sua família. Irmãos, irmãs - ele é o mais novo entre os oito irmãos -, além de cunhados, cunhadas, sobrinhos, todos moram juntos em seu castelo. "Tenho um gasto mensal muito alto. Sou lutador de boxe, enquanto me pagam decentemente, procuro fazer o melhor em cima do ringue", afirmou o pugilista, que soma 38 vitórias, oito derrotas e dois empates. Holyfield disse que não sente problemas em continuar lutando, apesar da idade avançada. "Não sou louco. Me sinto bem. Faço todos os exames e treino diariamente. Acho que ainda tenho condições de buscar mais um título mundial. Aí sim, encerrarei minha carreira com a consciência tranqüila." Sobre a categoria dos pesos pesados, muita descrença. "Não surgiu ninguém para substituir a minha geração. A categoria está à espera de um novo fora-de-série. O espaço ainda está aberto e, com experiência, é possível conseguir bons resultados. Por isso não paro." Holyfield sofreu uma cirurgia no ombro em 2003, após a derrota para James Toney por nocaute técnico no 9.º assalto. "Mas ainda sou o mesmo de antes."

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