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Hugo Hoyama dribla contusão e começa luta para ir à 5.ª Olimpíada

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Por Amanda Romanelli
Atualização:

O mesa-tenista Hugo Hoyama tenta, a partir de hoje, no Pré-Olímpico Latino-Americano da República Dominicana, a vaga para sua quinta Olimpíada. Mas, desde a classificação para Barcelona/1992, os primeiros Jogos de que participou, o brasileiro não enfrentava adversário tão complicado: uma contusão que o tirou de combate por cinco meses. "Em 25 de outubro, eu estava na cidade de Praia Grande, competindo nos Jogos Abertos. Depois de um jogo, já estava indo embora quando escorreguei na calçada e meu pé deslizou. Fraturei a fíbula, rompi o ligamento e ainda tive uma luxação no tornozelo direito", conta o atleta, de 38 anos. A lesão foi "a pior possível", disseram os médicos para Hugo. "E, para mim foi muito duro, porque nunca tinha sido sequer internado, muito menos operado." Por causa da lesão - que provocou a colocação de uma placa e dois grampos no tornozelo -, Hugo perdeu o Mundial da modalidade, disputado em fevereiro, na China. Mas, recuperado, convenceu os técnicos da seleção de que teria chance de brigar por uma vaga em Pequim. "Nunca perdi a esperança. Isso foi o mais importante." Além de Hugo, estão na delegação brasileira Thiago Monteiro, Gustavo Tsuboi, Karin Sako, Ligia Silva e Mariany Nonaka. É o mesmo time que participou do Pan do Rio, onde o paulista de São Bernardo do Campo se tornou o maior medalhista brasileiro na competição - tem nove ouros, um a mais que o ex-nadador Gustavo Borges. O Pré-Olímpico classificará cinco atletas no individual e uma equipe. Cada país terá três competidores por naipe. A nação que conseguir classificar dois atletas no individual fica com a vaga por equipe - em caso de empate, será usado o ranking mundial. O Brasil é, hoje, 27º colocado, à frente de Argentina (42º) e Cuba (50º). Para Hugo Hoyama, o Brasil tem boas chances de levar suas equipes. E revela que a realização dos Jogos em Pequim é especial. "O tênis de mesa é o primeiro esporte na China. Já estive lá em várias competições e em poucos lugares do mundo vemos os ginásios cheios, com apoio do público."

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