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Hypólito tem novo desafio amanhã

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de conquistar o quarto lugar na competição individual geral, a brasileira Daniele Hypólito entra neste domingo no ginásio de Ghent, na Bélgica, para tentar uma inédita medalha no Mundial de Ginástica Olímpica, na final da prova de solo. A quarta colocação conquistada por Daniele na sexta-feira foi o melhor resultado da história da ginástica brasileira, acima das expectativas de técnicos, dirigentes e atletas. Com seu desempenho, ganhou lugar entre as favoritas para a disputa no solo. Durante a competição geral individual - que soma os resultados das apresentações em cada aparelho -, Hypólito foi a melhor entre as 36 atletas na prova de solo - conseguiu nota 9,562, mais alta que a da bicampeã mundial, a russa Svetlana Khorkina (9,475), e de Andrea Raducan (9,262), que comandou a campeã Romênia na competição por equipes. A russa Natalia Ziganshiva, vice-campeã mundial de 15 anos e grande revelação da competição, teve a quinta nota: 9,387. Daniele Hypólito ficou muito feliz com o resultado histórico obtido sexta-feira no Mundial. ?Não esperava chegar em quarto. Meu objetivo era ficar entre o sexto e o oitavo lugar. Foi excelente?, comemorou a ginasta brasileira. "Todo mundo podia imaginar que a Daniele conseguisse ficar entre as dez primeiras colocadas, mas ficar em quarto lugar na competição individual geral foi demais! A partir de agora, dá para começar a acreditar que ela pode conseguir uma medalha", comemorou Valéria Lakerbai, bielo-russa que mora no Brasil e foi uma das técnicas da equipe brasileira no Mundial da China/99. Valéria disse que a série apresentada por Daniele para o Mundial é muito difícil. "Ela treinou muito e tem chance de ficar entre as primeiras." Na fase preliminar do exercício de solo, Daniele ficou em terceiro lugar, com 9,387. A outra brasileira que está na final, Daiane dos Santos, ficou em oitavo lugar, com 9,287 pontos. "As duas já são experientes. A Daiane foi campeã no Pan de Winnipeg/99 e elas já estão conhecidas dos juízes de todo o mundo", explica Valéria. "Este Mundial está servindo para mostrar o quanto a ginástica brasileira evoluiu nos últimos anos. Já conseguimos a 11ª colocação por equipes e os resultados individuais estão sendo ótimos." O melhor resultado brasileiro por equipes havia sido um 18º lugar no Mundial da China, em 1999. Parte dessa evolução pode ser creditada ao técnico ucraniano Oleg Ostapenko, que começou a trabalhar com a equipe brasileira depois da Olimpíada de Sydney/2000 (e que está sem receber há dois meses, à espera que a Confederação Brasileira de Ginástica tenha repassado verbas de loterias da Lei Piva, pelo Comitê Olímpico Brasileiro). "Não dá para dizer que o mérito é todo dele. O resultado em ginástica não vem em apenas um ano de treino. Mas é inegável que Oleg contribuiu muito em alguns detalhes técnicos. A Georgette Vidor (técnica de Daniele) tem muitos méritos", elogia Valéria. O último dia do Mundial de Ginástica Olímpica terá ainda finais femininas e masculinas individuais. Neste sábado, a Federação Internacional de Ginástica informou dois casos de doping nos Goodwill Games (os Jogos da Amizade), em setembro, em Brisbane, na Austrália. Os nomes das atletas, que tomaram diurético para mascarar o uso de substâncias proibidas, devem ser divulgados domingo.

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