IAAF quer reduzir os grandes prêmios

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) vai mudar o formato de suas competições a partir de 2006. O assunto será discutido na reunião do conselho da entidade durante o Mundial de Helsinque, em agosto, mas já é certo que os Grand Prix - eventos de um dia que reúnem a elite mundial, atletas convidados e com cachês - não passarão de 25 por ano. O GP Brasil, em Belém, no Pará, será a única prova da América do Sul definida como Grand Prix do Terceiro Grupo, com premiação de US$ 200 mil. Mas o País organizará mais três meetings de área em 2006, um no Rio (evento de preparação para o Pan de 2007, outro em Fortaleza e um terceiro a ser definido entre São Paulo, Maringá e Rio Grande do Sul. Atualmente, o calendário da IAAF reúne os circuitos da Golden League (cinco provas), Super Grand Prix, e dois de Grand Prix 1 e 2, todos formados por provas de um dia, mais um evento que fecha o calendário mundial. Sem falar nas competições maiores, como o Mundial de Atletismo (a cada dois anos), a Copa do Mundo e a Olimpíada (a cada quatro anos). A proposta para 2006 é passar os circuitos da Golden League para seis eventos e realizar mais 25 Grand Prix dos Grupos 2 e 3. A diferença está na premiação: US$ 600 mil, US$ 400 mil e US$ 200 mil, no mínimo, para cada categoria. "A IAAF quer diminuir o número de eventos que autoriza", confirma o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Melo, que vota no Conselho da entidade internacional como representante do continente sul-americano. Para o Brasil, a organização de quatro provas, uma delas do circuito de GPs, já é "um grande passo". Segundo Gesta, o GP Brasil está no Grupo 3 por causa da premiação e não do nível técnico - o caderno de encargos tem de ser cumprido do mesmo jeito. "Fora esse, se houver outro nas Américas, será um nos Estados Unidos e nada mais." À exceção da Europa, o continente do atletismo, as outras áreas, só poderão realizar três torneios - os da América do Sul serão no Brasil. Mas todos valerão pontos, num ranking paralelo, para classificar os atletas para a final mundial do atletismo, que em 2005 será em Mônaco. Essa pontuação, diz Gesta, ajudará a atrair estrangeiros para os meetings brasileiros. Na Europa estará a maior parte dos GPs do Segundo Grupo e também os da Golden League. "Fora a Europa, apenas algumas cidades , cujos países têm grandes condições financeiras, poderão fazer GPs desse segundo grupo, como Doha, no Catar, e Osaka, no Japão", acentua Gesta.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.