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Iaaf rejeita apelação de Vanderlei

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sofreu um duro golpe nesta sexta-feira na briga para que Vanderlei Cordeiro de Lima receba a medalha de ouro na prova da maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas. De acordo com informação da agência Efe, a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) decidiu dar o caso por encerrado, mantendo o resultado final da prova - em que o brasileiro chegou em terceiro lugar. Com essa decisão, o órgão não vai interceder para que Vanderlei receba a medalha de ouro, como quer o COB. Vanderlei liderava a prova até perto do quilômetro 36, quando foi atacado pelo padre irlandês Cornelius Horan. Com o incidente, o corredor brasileiro perdeu vários segundos e acabou a prova atrás do italiano Stefano Baldini (ouro) e do americano Mebrahtom Keflezighi (prata). No dia 1º deste mês, o COB encaminhou recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS) - a última instância de apelação. No recurso, solicitava que fosse concedida a medalha de ouro a Vanderlei, sem prejuízo ao italiano. "Estamos defendendo os interesses do esporte brasileiro e do próprio Vanderlei. Demos uma chance à Iaaf de rever a decisão tomada após a maratona. Diante do silêncio da entidade, não nos restou outra alternativa a não ser recorrer ao Tribunal", explicou Nuzman à época. O silêncio foi rompido nesta sexta, segundo informou César Moreno, membro do conselho da Iaaf. "O caso está encerrado. O Brasil apresentou o protesto, mas a Iaaf não aceitou porque não há ninguém a quem desqualificar; há alguém para colocar na prisão, mas não há atleta para tirar a medalha", afirmou Moreno, que qualificou o caso de "extremamente lamentável". O dirigente aposta que a apelação ao CAS não tem a menor chance de prosperar, já que, segundo ele, o COI ?não vai tirar a razão da Iaaf em um assunto técnico?. "O corredor foi vítima, por isso lhe deram a medalha Pierre Coubartain, em reconhecimento por sua esportividade", argumentou Moreno. César Moreno tentou justificar os problemas ocorridos em Atenas. Disse que é "muito difícil" garantir a segurança em provas como a maratona - disputada ao longo de 42 quilômetros e, que fatos como aqueles são raríssimos em competições de alto nível. "Felizmente, não há muitos loucos no mundo para dizer que haverá um deles em cada corrida, esperamos que não aconteça mais algo assim", disse. O COI ainda não marcou data para o julgamento do Caso Vanderlei, mas se sabe que a corte de arbitragem será composta por três membros - um indicado pelo COB, outro pela Iaaf e outro do COI. Este último atuará como presidente.

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