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Iatismo: tradição da família Melcherts

Por Agencia Estado
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Famílias de iatistas são responsáveis por produzir alguns talentos para o esporte e medalhas para o Brasil. O avô e o pai de Robert Scheidt, heptacampeão mundial e dono de duas medalhas olímpicas, velejavam. E Torben Grael, dono de quatro medalhas olímpicas, aprendeu a velejar com o avô dinamarquês num barco da família construído em 1912. ?Velejador tem informações acumuladas nas várias áreas que envolvem o esporte?, afirma Dudu Melchert, de 42 anos, um desses chefes de família de velejadores. Melchert é pai-iatista de Gabriel, 15 anos, e Fábio, de 13, que representarão o Brasil no Mundial da classe Optimist, de 14 a 25 de julho, em Salinas, Equador. E tem grande envolvimento com a formação no esporte. O filho de Torben, Marco Grael, 15 anos, foi o campeão brasileiro de Optimist, num torneio realizado, no ano passado, por Melchert, em São Sebastião. Ele também foi professor de Robert Scheidt na classe Optimist. Melchert herdou a vela do pai Fernando, o primeiro iatista do Yatch Club de Santo Amaro (YCSA), em São Paulo, a vencer a Semana de Kiel (ALE), na classe Sharp, em 1957. Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Havana (1991), na classe 470, e presente na Olimpíada de Barcelona (em 1992, foi 13º), Melchert acha que esse ?é o primeiro ano de colheita? do trabalho que vem fazendo com os filhos, primeiro e segundo colocados no Campeonato Brasil-Centro, em abril, em Niterói. Gabriel, o vencedor, dividiu o pódio com o irmão Fábio. Ambos ficaram com as vagas para o Mundial, somando os pontos desse torneio e do Campeonato Brasileiro. Quando a família mudou para São Sebastião, para administrar a Pousada das Sesmarias, há 13 anos, Gabriel tinha um ano e meio e Fábio, seis meses. Melchert continuava técnico dos garotos do YCSA. ?Punha 20 meninos num ônibus, os barcos em um caminhão, e ia treinar no mar?, lembra. Técnico de categorias menores, aprendeu a colocar um menino de 7 anos para velejar. ?Os meus filhos começaram muito cedo, com 5, 6 anos. Mas como eu era professor, entraram na escolinha. Eram tão leves que tinham dificuldade para dominar o barco. Mas acompanhavam as aulas, velejavam. Foram criando autosuficiência e hoje, nos divertimos velejando?, conta Melchert.

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