O Comitê Organizador dos Jogos de Pequim (Bocog) anunciou ontem que não permitirá a presença de jornalistas na ida da tocha ao cume do Everest - e a conseqüente passagem do símbolo pela cidade de Lhasa, capital do Tibete -, no início de maio. A proibição, afirma a entidade, não está relacionada aos problemas políticos na região autônoma, mas à instabilidade climática no Himalaia. ''A ida foi cancelada tanto para a imprensa chinesa quanto para a mídia internacional'', comunicou Shao Shiwei, vice-diretor do departamento de comunicação do Bocog. Wang Hui, porta-voz do Comitê, negou que a mudança repentina dos planos esteja relacionada aos protestos iniciados no dia 14 de março em áreas tibetanas. ''Este não é o caso. Fizemos o possível, mas o cancelamento se deve às instáveis condições meteorológicas.'' O Bocog afirma que os jornalistas poderão ir até Lhasa para acompanhar o revezamento da tocha, mas que poderão fazer reportagens relacionadas apenas ao evento. Ontem, na Indonésia, cerca de 100 manifestantes foram dispersados pela polícia. O símbolo chega amanhã à Austrália, onde deve encontrar novos protestos. GUERRA AOS MOSQUITOS A cidade de Xangai, que será uma das sedes do futebol, declarou guerra aos mosquitos, por uma questão de saúde pública. A localidade fica às margens do Rio Yangtsé. ''Queremos um ambiente agradável durante as partidas'', afirmou Leng Peien, responsável pelo Centro de Prevenção de Doenças Contagiosas.