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Inglaterra e Argentina levam para campo polêmicas das Ilhas Malvinas

Antes dos Jogos, equipe argentina gravou vídeo na ilha, controlada pelos ingleses

Por JAMIL CHADE e LONDRES
Atualização:

A Grã Bretanha enfrentou a seleção argentina de hóquei na grama ontem e deu um troco nas provocações dos atletas argentinos que, antes dos Jogos Olímpicos, gravaram um vídeo treinando nas Ilhas Malvinas e indicando que aquele era um território deles.

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A ilha - chamada de Falklands pelos ingleses - é alvo de uma disputa entre os dois países que chegou a uma guerra nos anos 80. Agora, o governo argentino volta a pressionar para retomar o controle da ilha, usando a opinião pública para ganhar simpatizantes. O auge da provocação foi o vídeo usado para promover o time olímpico argentino. A presidente Cristina Kirchner se recusou a ir à abertura dos Jogos, em protesto pela situação na ilha.

Não por acaso, quando as duas seleções entraram em campo ontem, o clima era de tensão máxima. Os argentinos não economizaram na catimba e nas faltas duras. A torcida rapidamente passou a pressionar, cantando "não chore por mim, Argentina" e gritos referentes à ilha em disputa. O juiz foi obrigado a retirar de campo jogadores e até mesmo a apartar brigas.

Em campo, a resposta foi severa: 4 x 1 para os ingleses, enquanto a torcida não perdia a oportunidade para ensaiar um coro de olé contra os argentinos. "Vou lembrar desse jogo por muito tempo, Parecia um estádio de futebol", declarou o inglês Alastair Wilson. "Sentia como se o país inteiro estivesse nos apoiando", afirmou Barry Middleton, artilheiro britânico.

Já os argentinos optaram por minimizar a dimensão política do jogo. "Isso aqui era apenas um jogo de hóquei", disse o técnico Pablo Lombi. "Não estamos pensando em política", reforçou Rodrigo Villa, lembrando que o atleta que aparece no vídeo nem está mais na seleção de hóquei.

Apesar de abafar a questão política, ele admitiu que gosta do estilo de jogo de ontem, tenso e até violento. "É assim que gostamos de jogar."

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