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Invasão africana na São Silvestre

Veja o especial sobre a São Silvestre

Por Agencia Estado
Atualização:

A 81ª edição da São Silvestre, neste sábado, será marcada pela invasão de africanos. Serão 20 atletas vindos de Etiópia, Quênia e Burundi. Entre os homens, o queniano Robert Cheruiyot chega como grande favorito. Entre as mulheres, Anesie Kwizera, do Burundi, é apontada como boa promessa. A largada da prova feminina está marcada para as 15h20 e a masculina, para as 17h05, ambas com transmissão da Rede Globo e TV Gazeta. Cheruiyot, vencedor em 2002 e no ano passado, fez boa temporada e ocupa o 11º lugar no ranking mundial dos maratonistas. Seu principal adversário brasileiro deve ser Marilson Gomes, que este ano ganhou sete provas, além do décimo lugar no Mundial de Helsinque. Dividindo sua carreira no atletismo em provas de percurso mais curto ? 10km ou 15km ?, maratonas e meia maratonas, Cheruiyot explica que corridas como a São Silvestre são importantes para sua preparação: ?A São Silvestre é uma prova difícil e serve como parte do meu treino, porque é mais veloz que uma maratona.? Sobre os rivais, o queniano fala pouco: ?Marilson é o melhor no Brasil. Do Quênia, todos são difíceis.? Entre as mulheres, o grande desfalque brasileiro é Maria Zeferina Baldaia. A campeã em 2001 não está na melhor forma física, depois de ter se recuperado de uma calcificação do tendão do músculo bíceps femural da coxa esquerda. Quem ganhou destaque é Anesie Kwizera, de 19 anos. A atleta do Burundi ganhou quase todas as corridas que disputou este ano: duas na Itália e duas em São Paulo ? a Corpore Classic e a Gonzaguinha ?, além do vice nos 10 Quilômetros do Rio. Tímida, Anesie tem dificuldade para se comunicar até mesmo em seu idioma, o quirundi. ?Estou treinando no Brasil desde novembro e gosto muito daqui. Será minha primeira São Silvestre e vim para fazer o meu melhor, que é ganhar. Todas as adversárias são fortes e a corrida deve ser muito difícil.? A premiação total deste ano é de R$ 110 mil, divididos igualmente entre as categorias masculina e feminina. Os campeões recebem R$ 21 mil. Este ano, a organização da prova incluiu um bônus de R$ 10 mil a ser dividido entre os melhores brasileiros que ficarem fora do pódio, até a décima posição. Entre os cinco primeiros, a distribuição é a seguinte: 1º - R$ 21 mil; 2º - R$ 13 mil; 3º - R$ 8 mil; 4º - R$ 5 mil e 5º - R$ 3 mil. No ano passado, o topo do pódio foi queniano tanto no masculino como no feminino. Robert Cheruiyot garantiu o bicampeonato com o tempo de 44min43seg, enquanto Lydia Cheromei chegou ao tricampeonato marcando 53min01seg. Lucélia Peres foi vice no feminino e Clodoaldo dos Santos, com o quinto lugar, foi o melhor brasileiro no masculino.

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