Jadel é o destaque do GP Rio de Atletismo

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Por Agencia Estado
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Jadel Gregório foi o grande nome do Rio GP de Atletismo, ao vencer e estabelecer um novo recorde pessoal, ao ar livre, na prova do salto triplo, 17,22 metros, neste domingo, no Complexo Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, zona oeste. E o favoritismo à medalha de ouro na Olímpíada de Atenas não incomodou o triplista que, ao contrário de muitos competidores, assegurou seu retorno da Grécia entre os três primeiros. "O atleta que vive no mais ou menos não chega a objetivo nenhum. Estou bem e sempre contente com meus resultados", frisou Gregório, de 23 anos, 2,02 metros e 92 quilos. Ele superou por duas vezes sua melhor marca ao ar livre, 17,13 m, obtida em 2003, ao saltar 17,18 metros e 17,22 metros, marca um metro melhor do que Adhemar Ferreira da Silva obteve em Helsinque, 1952, recorde mundial e ouro olímpico. "Com as condições deste segunda-feira, vento e frio, foi um bom salto." A melhor marca de Gregório é 17,46 metros, obtida em pista coberta, durante o meeting de Karlsruhe, na Alemanha, em fevereiro. Em março, voltou a saltar acima de 17,40 m, desta vez 17,43 m, ao ficar com a medalha de prata no Mundial Indoor de Budapeste. A disputa foi vencida pelo sueco Christian Olsson, com 17,83 metros. "Não existe essa de superman e ninguém é imbatível", disse Gregório, se referindo ao recordista mundial. "Com certeza, em Atenas estarei no pódio e brigando pela medalha de ouro." Além de Gregório, outra expressiva marca obtida neste domingo foi a de Vicente Lenílson, que venceu os 200 m, com 20s45, melhor tempo de sua carreira e abaixo do índice exigido, o A (20s59), para Atenas. Mas, sua performance ficou ofuscada, porque tanto ele quanto o técnico da seleção Jayme Netto, já descartaram a possibilidade de correr a prova na Olimpíada. Lenílson foi um dos velocistas que asseguraram as medalhas de prata para o Brasil no revezamento 4 x 100 m, nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, e no Mundial de Paris, em 2003. Ele novamente estará na equipe que representará o País em Atenas e não escondeu sua torcida para que a formação vitoriosa em ambas competições seja repetida. "Vou me dedicar somente à disputa dos 100 m e do revezamento. A briga por uma vaga na equipe está intensa", afirmou Lenílson. "Em Atenas espero ter a companhia do André (Domingos), do Edson (Luciano) e do Nei (Claudinei Quirino, que não veio ao Rio para poder aprimorar a forma física), porque me sinto mais tranqüilo ao lado deles." Já assegurada para Atenas no arremesso de peso, onde foi apenas a sétima colocada neste domingo, Elisângela Adriano confirmou presença também no lançamento de disco, ao superar o índice B (57,70 m), com 58,33 m, que lhe deu a medalha de bronze na prova, vencida pela ucraniana Elena Antonova, 61,43 m. Hegemônica neste tipo de disputa entre brasileiras, contou que, por vezes, sente a falta de uma atleta que pudesse ameaçar seu posto. Destaques ainda para as vitórias de Lacena Golding-Clark, da Jamanica, sexta colocada no ranking mundial, nos 100 m com barreiras, do brasileiro Redelen Melo dos Santos, nos 110 m com barreiras, e Fabiano Peçanha, nos 1.500 m, que correu a prova em 3min38s45. No Brasil, as vagas para a seleção poderão ser ainda confirmadas no domingo, durante o GP de Belém, ou no GP Brasil, em São Paulo, entre os dias 3 e 6 de junho. Mas, em competições internacionais, os atletas têm até 11 de julho para fazerem índices para a Grécia.

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