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Jaqueline Mourão: história de gravidez em sintonia com o esporte

Espera pelo filho Ian não prejudicou os planos da esquiadora e mountain biker

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Por Redação
Atualização:

Não é de hoje que atletas tentam conciliar esporte com maternidade, mas a mountain biker e esquiadora Jaqueline Mourão leva o conceito ao extremo. Treinou para o Campeonato Mundial de Esqui Cross Country durante toda a gravidez e atualmente, quase um mês depois do nascimento de Ian, continua o trabalho no Canadá, onde mora. A competição, considerada a maratona do esqui, está marcada para março, na Noruega.A presença de Ian nos treinos foi planejada. "Tenho todos os equipamentos para fazer esporte com ele (trenó no esqui, carrinho para corrida a pé e carrinho que conecta na bike)." O material já tem sido utilizado e Ian acompanha a mamãe até nos treinos de tiro para outra modalidade dos Jogos de Inverno, o biatlo.Jaqueline conta que engravidou mais rápido do que pensava. "Nós (ela e seu marido, Guido) havíamos decidido que depois das Olimpíada de Vancouver tentaríamos, mas não esperava ficar grávida no primeiro mês." A surpresa causou preocupação. "Gostaria de saber se meu bebê estava bem o quanto antes, pois ainda estava em treinos de alta intensidade. Depois do primeiro ultrassom (fiz na 9.ª semana, assim que cheguei de viagem ao Brasil), ficamos mais tranquilos e começamos a nos informar mais sobre esporte e gravidez."A esquiadora conta que, antes de voltar a treinar, procurou ajuda de médicos no Brasil e no Canadá. "Existem vários artigos que comprovam que, em gravidez que não seja de risco, ficar ativa só traz benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê", explica. Reunir conselhos de colegas que passaram pela mesma situação foi outra estratégia. A brasileira revela que a atividade física foi cercada de alguns cuidados. Certas atividades foram reduzidas e outras cortadas, como a corrida a pé, para não sobrecarregar a coluna. "Continuei os treinamentos aeróbios tanto no rollerski, na caminhada nórdica (uma modalidade de esqui) e principalmente na bike. Treinava diariamente com o meu cardiofrequencímetro e não deixava a frequência cardíaca passar de 60% da capacidade máxima nos primeiros três meses e então 70% nos meses consecutivos. No meu caso preferi utilizar a minha moutain bike com suspensão dianteira e traseira e um guidom mais alto." A alimentação foi detalhe importante no processo. "Sempre que saía para treinar punha carboidrato em pó na minha garrafinha e também levava barrinhas no bolso. E ainda muita hidratação durante todo o dia", revela. "Minha médica monitorava meu peso todos os meses." O pai de Ian apoiou. "O Guido é só alegria. Ele treina comigo todos os dias e está feliz que eu consegui me exercitar durante a gravidez. Isso nos ajudou mentalmente, pois somos um casal que adora atividade física."

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