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Jogadores de time da NFL recusam vacina da covid e equipe leva especialista para falar com atletas

Kirk Cousins, principal jogador do Minnesota Vikings, encabeça grupo que não se sente seguro com a ideia de se imunizar; outros casos foram registrados na liga de futebol americano dos EUA

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Por Redação
Atualização:

O Minnesota Vikings, equipe da Liga Nacional de Futebol Americano nos Estados Unidos, decidiu levar um epidemiologista para conversar com o elenco sobre a imunização contra o coronavírus. Alguns jogadores não se sentem seguros para tomar a vacina, como Kirk Cousins, o quarterback e nome mais famoso do time. 

Na última segunda, o Dr. Michael Osterholm esteve nas instalações da franquia para tratar do assunto. A equipe do norte do país é a que tem menos atletas vacinados entre as 30 da liga. A NFL não obriga os jogadores a se imunizarem, mas os times consideram isso importante não apenas pelo lado sanitário, como também para evitar desfalques nas partidas.

Kirk Cousins, quarterback do Minnesota Vikings. Foto: Brad Rempel/USA Today Sports

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O técnico do Vikings, Mike Zimmer, disse que Osterholm "fez um trabalho incrível e tomara que isso ajude". Ele adicionou que algumas das perguntas feitas pelos jogadores são coisas que podem ser encontradas na internet. 

"Eu apenas me importo com esses jogadores e com suas famílias. Esse é o meu principal motivo. Se eles perderem um jogo porque pegaram covid, que seja. Mas não quero que adoeçam, não quero que suas famílias, seus filhos ou meus netos fiquem doentes", disse.

Apesar da não obrigação da liga, os times foram informados que, caso haja um surto entre jogadores não vacinados e o número de jogadores em campo não seja suficiente, a equipe em questão perderá o confronto por desistência, sem possibilidade de remarcar a partida.

Jogadores do Minnesota Vikings comemorando jogada defensiva contra o Indianapolis Colts. Foto: Brace Hemmelgam/USA Today Sports

Cousins, o principal jogador dos Vikings, ficou fora de alguns treinos após entrar em contato próximo com uma pessoa que testou positivo para o vírus. Isso não parece incomodá-lo, já que ele afirmou que prefere "sentar em uma reunião de equipe em um cubo de acrílico do que tomar a vacina".

Casos como esse são comuns em outros times. DeAndre Hopkins, wide receiver do Arizona Cardinals, chegou a tweetar que estava questionando seu futuro na NFL por ser colocado numa posição em que deveria escolher prejudicar seu time ou tomar a vacina. Ele apagou a postagem pouco depois. Leonard Fournette, running back dos atuais campeões Tampa Bay Buccanners, do quarterback Tom Brady, publicou uma mensagem também deletada rapidamente. "Vacina eu não consigo", disse o jogador de 26 anos.

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Tom Brady, quarterback do Tampa Bay Buccaners e vencedor de sete Super Bowls. Foto: Kim Klement/USA Today Sports

Em comunicado, a liga comandada pelo comissário Roger Goodell informou que técnicos, olheiros, responsáveis por equipamentos e executivos das franquias devem estar totalmente vacinados. Nas últimas semanas, os casos e hospitalizações relacionados à covid-19 nos Estados Unidos sofreram um aumento, atribuído à variante Delta, considerada mais contagiosa pelos especialistas.

No ranking da vacinação, o país do hemisfério norte está em terceiro, atrás de Índia e China, com 362,6 milhões de doses aplicadas no total. O Brasil aparece em quarto, com 178 milhões. Apesar disso, estudos do Our World Data, projeto conduzido pela Universidade de Oxford, mostram que os americanos levarão mais tempo para completar a imunização de sua população adulta, mesmo tendo começado a campanha um mês antes do que a brasileira.