Jogadores divergem sobre troca de bolas

PUBLICIDADE

Por Eduardo Maluf
Atualização:

O Brasil é patrocinado pela Nike e, por isso, utiliza dezenas de bolas da marca norte-americana nos treinos. Nesta semana, curiosamente, a equipe está sendo obrigada a trabalhar também com o produto da principal concorrente, a Adidas. A explicação: no jogo contra o Equador, em Quito, a bola a ser utilizada será da fabricante alemã de materiais esportivos. A CBF colocou à disposição dos jogadores 20 bolas da Adidas nestes dias de preparação na Granja Comary. E as opiniões da equipe sobre o mais importante material de trabalho são divergentes. Enquanto os goleiros reclamam, os atacantes festejam. Todos, porém, concordam: ela é mais leve. "Essa bola é rápida demais", comentou Julio Cesar, que vive a melhor fase da carreira. O goleiro da Internazionale de Milão lembrou que a tendência, nos mais de 2.800 metros de Quito, é de que a velocidade aumente ainda mais por causa do ar rarefeito. Robinho, ao contrário, observou que para ele, Luís Fabiano e os outros atletas com a responsabilidade de finalizar a bola mais leve é favorável. "Para quem joga na linha, é melhor, porque o chute sai mais forte." A altitude de Quito voltou a ser assunto comentado entre os jogadores, ontem, como ocorre sempre que há confrontos em regiões mais altas. A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos, a seleção deixará para chegar à capital equatoriana apenas momentos antes da partida, no domingo. A delegação vai passar as noites de sexta-feira e sábado em Guayaquil para minimizar os efeitos dos 2.800 metros de Quito. ESPERANÇA "Esperamos repetir o bom jogo que fizemos contra o Equador no primeiro turno", afirmou Elano. O meia do Manchester City referiu-se à goleada por 5 a 0 no Maracanã, em 17 de outubro de 2007, com grande atuação do trio Ronaldinho, Kaká e Robinho. Curiosamente, após esse jogo os três não conseguiram mais repetir um bom desempenho em conjunto nas Eliminatórias. O Brasil em 2008 alternou altos e baixos e terminou o ano na segunda posição, seis pontos atrás do líder Paraguai (23 a 17). Argentina e Chile estão na cola da equipe comandada por Dunga, com 16 pontos. Classificam-se quatro seleções de forma direta para a Copa da África e o quinto colocado vai para uma repescagem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.