Os jogadores do Palmeiras exaltaram a dedicação da equipe no empate com o Atlético-PR para mostrar que a decepção pelo fim do sonho do bicampeonato da Libertadores ficou definitivamente para trás. Para o zagueiro Marcão, o time tem a consciência tranquila de que a equipe fez o que pôde contra o Uruguai e o fracasso não terá influência na disposição do grupo para buscar um bom desempenho no Campeonato Brasileiro. "Este fracasso é difícil de assimilar quando a equipe não se doa ao máximo, mas temos a tranquilidade de saber que fizemos o nosso máximo", afirmou o zagueiro palmeirense. "Infelizmente, no futebol as coisas às vezes não acontecem da forma mais justa." Ele afirma que a equipe já traçou uma meta para brigar pelo título nacional e a vaga na Libertadores do próximo ano. "Se a cada 12 pontos conseguirmos conquistar 9 ou 10, estaremos em condições de brigar pela ponta." O zagueiro lamentou as chances desperdiçadas pela equipe de buscar a vitória em Curitiba - nos minutos finais, Ortigoza colocou uma bola no travessão. GOL ANULADO Além das oportunidades perdidas, o Palmeiras não se conformou com um gol legítimo anulado pela arbitragem. Quando o Atlético-PR já vencia por 2 a 1, Obina recebeu lançamento na área, ajeitou no peito e deu uma bela puxada, no gol que teria empatado a partida aos 40 do segundo tempo. Guilherme Dias, assistente pelo lado direito do ataque alviverde, assinalou impedimento no lance. Para Vanderlei Luxemburgo, a falha da arbitragem pode ter custado a reação da equipe. "O árbitro (Alicio Pena Júnior) falhou duas vezes, por ter seguido a orientação de seu auxiliar", disse o treinador palmeirense. Já o gerente de futebol do clube, Toninho Cecílio, diz que levará o caso para a CBF. "O assistente cometeu um erro, uma ignorância da lei. Ele atropelou a regra, se precipitou. O Obina estava a três metros. Ele é um auxiliar honesto, tem sua família, mas hoje errou. Vamos protocolar esse pedido para que ele não trabalhe mais nos jogos do Palmeiras." COLABOROU JULIO CESAR LIMA