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JOGOS-Futebol dá início à Olimpíada; Bolt promete brilhar

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Por MIKE COLLETT-WHITE E MIKE COLLETT
Atualização:

A Olimpíada começa nesta quarta-feira com uma partida de futebol feminino entre Grã-Bretanha e Nova Zelândia, e o velocista jamaicano Usain Bolt, herói dos Jogos de Pequim e o homem mais rápido do mundo, prometeu vencer novamente, declarando: "Está é a minha hora". A partida em Cardiff, capital do País de Gales, acontece dois dias antes da cerimônia de abertura no principal estádio de Londres, mas marca a estreia das competições nos Jogos, o clímax de sete anos de preparativos para o maior espetáculo da Terra. Em Londres, grata pelo sol após um verão chuvoso, autoridades se locomoviam em ruas interditadas - o que irrita a população -, com centenas de milhares de visitantes a mais, e a segurança foi reforçada para proteger o evento. Mais de 16 mil atletas se aquecem para seu grande dia nos locais de competição por toda a Grã-Bretanha. Cerca de 11 milhões de turistas, além de bilhões de telespectadores em todo o globo, acompanharão a Olimpíada entre 27 de julho e 12 de agosto. Usain Bolt, vencedor dos 100m e dos 200m na China em 2008, disparou a primeira provocação no que promete ser uma final memorável dos 100m no dia 5 de agosto, o auge dos Jogos. "Está é a minha hora", disse o atleta de 1m95, à medida que as atenções deixam de lado um escândalo de segurança e o caos no transporte às vésperas do evento e se voltam para o que realmente importa - o esporte. "Este será o momento e o ano em que me destaco dos outros atletas do mundo", afirmou o velocista de 25 anos ao jornal Guardian. Bolt, que detém o recorde mundial dos 100m, quer fazer o que nenhum outro homem conseguiu - se sagrar vitorioso tanto nos 100m quanto nos 200m. FAIXA EXCLUSIVA Embora o governo britânico e as autoridades olímpicas estejam aliviadas por o esporte ter voltado aos holofotes, a ameaça de interrupções nos transportes e temores de segurança permanecem a somente dois dias da tão aguardada abertura. Um alvo de revolta dos taxistas notoriamente rabugentos e de muitos londrinos comuns são as chamadas "faixas olímpicas", que entraram em operação nesta quarta-feira. Apelidadas de faixas "Zil", em referência às estradas exclusivas para as limusines de líderes do Partido Comunista na ex-União Soviética, as ruas são reservadas para autoridades olímpicas, a mídia, atletas e patrocinadores. Qualquer um pego usando as faixas sem permissão recebe uma multa automática de 130 libras (cerca de 390 reais). Como resultado do sistema, tem havido confusão e trânsito pesado em várias partes da capital. "Eles fecharam a faixa olímpica, mas ninguém (da comunidade olímpica) a estava usando", disse o engenheiro Ross Keeling depois de ir do leste ao centro da cidade. "Meu trajeto normalmente leva 40 minutos, mas levou duas horas com a mudança. Foi uma droga. Temos que ficar assistindo à faixa vazia". Entertanto, a ameaça de atrasos em Heathrow e em outros aeroportos foi evitada porque os guardas de fronteira cancelaram uma greve planejada para quinta-feira. O secretário de Cultura e Esporte, Jeremy Hunt, disse que o temor de longas filas na alfândega nos dias que antecedem os Jogos foi contornado. "Um dos maiores sucessos das últimas semanas foi que as filas em Heathrow foram o cão que não ladra nem morde", disse ele à rádio BBC. Na terça-feira Hunt havia dito que 1.200 soldados extras foram mobilizados para proteger os locais de competição para cobrir a falta de seguranças particulares, um grande constrangimento para o governo do primeiro-ministro David Cameron. Autoridades de contraterrorismo minimizaram a possibilidade de um grande atentado na Olimpíada. TOCHA OLÍMPICA A simbólica tocha olímpica, quase no final de sua jornada de cerca de 12.800 km chega nesta quarta-feira ao Estádio de Wembley, cenário do único triunfo da Inglaterra em uma Copa do Mundo em 1966, e será conduzida pelo goleiro daquela partida, Gordon Banks. Sua odisseia termina com o acendimento da pira olímpica na noite de sexta-feira na presença de 60 mil espectadores, incluindo a Rainha Elizabeth, a primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, e uma constelação de celebridades e dignitários. Mais de 1 bilhão de pessoas deve assistir à cerimônia dirigida pelo direto Danny Boyle (de "Quem quer ser um milionário?") pela TV e pela Internet. Embora muitos detalhes do show tenham vazado pela mídia e pelas redes sociais, alguns segredos permanecem, sobretudo a identidade da pessoa que irá acender a pira olímpica e seu local exato. David Beckham, ex-jogador da seleção inglesa, confirmou que fará uma curta participação no evento.

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