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Jovens do medley são força da natação

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os jovens nadadores Joanna Maranhão, de 17 anos, e Thiago Pereira, de 18, ambos especialistas no estilo medley, passam a ser a nova referência da natação brasileira que tem resultados após os Jogos Olímpicos de Atenas. Joanna foi quinta nos 400 m, medley, e juntamente com Mariana Brochado, Monique Ferreira e Paula Baracho, 7ª no revezamento 4 x 200 metros - há 56 anos, o Brasil não tinha uma mulher numa final olímpica. Thiago Pereira foi quinto nos 200 metros, medley. Se antes a natação brasileira era sinônimo de Gustavo Borges e Fernando Scherer e do estilo livre, agora os jovens do medley estão na dianteira. "São a nova referência da natação nacional e terão de estar preparados para isso", afirma o técnico de Thiago, Omar Gonzales. Dentro das condições do Brasil, e guardados os abismos existentes para potências esportivas, que produzem nadadores como Michael Phelps e Ian Thorpe, respectivamente Estados Unidos e Austrália, o Brasil teve uma boa presença em Atenas, principalmente com a equipe feminina. Os nadadores brasileiros foram à cinco finais, nove semifinais, bateram dez recordes brasileiros e seis sul-americanos, antes da última prova de hoje, com participação de Flávia Delalori, nos 50 metros, livre. "A natação feminina fez nos últimos quatro anos o que não fez em 56", disse Ricardo Moura, chefe da equipe em Atenas. A equipe atual é maior e mais homogênea. Entre 1984 e 1988, nos Jogos de Los Angeles e Seul, o Brasil teve a medalha de prata de Ricardo Prado, nos 400 m, medley, e colocou Rogério Romero numa final do estilo costas. Entre 1992 e 2000, Gustavo, dono de quatro medalhas, e Xuxa, de duas, passaram a tomar conta do pódio, mas apenas os dois. "Em 2000, o Brasil não foi a três semifinais, não obteve nenhum recorde, mas ganhou uma medalha no revezamento 4 x 100 m, livre, masculino", observa Moura. "Desta vez, a maior vitória foi lançarmos um maior número de jovens talentos para o nível internacional." Se Moura garante que ficou "a sensação do dever cumprido", faltou a medalha. E ainda, segundo os próprios nadadores, a estrutura de incentivo e locais adequados, ainda está longe de ser comparada com a de potenciais esportivas. "Sempre vai faltar algo", justifica Moura, dizendo que a CBDA vai ajustar o projeto existente até Pequim, em 2008, com base nos resultados de Atenas. Cidade - A Cidade da Natação volta a ser tema a cada balanço da participação do Brasil em Pan-Americanos ou Jogos Olímpicos. Já foi anunciada pela Confederação Brasileira de Natação algumas vezes, em projetos que acabaram não vingando. Agora, a CBDA garante que a cidade da natação sai, em Rio das Ostras, no Rio. Seria a forma de a natação nacional ter o centro de treinamento de alto nível que precisa.

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