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Judocas fazem seletivas para Atenas

Por Agencia Estado
Atualização:

Com investimento de R$ 495 mil, a Confederação Brasileira de Judô prepara seus atletas para os Jogos Olímpicos de Atenas, em agosto, enviando gradualmente os envolvidos na busca por vagas na equipe brasileira para treinos e competições na Europa ? essenciais para que os brasileiros conheçam vários dos adversários na competição grega mas também como treinamento. Primeiro, houve seletivas para os judocas ganharem o direito de desafiar os titulares da equipe brasileira permanente, em cada peso. Desafiantes e titulares já fizeram a primeira das três novas seletivas, agora as que definirão a delegação do judô a Atenas. O primeiro grupo a embarcar para a Europa, na quarta-feira passada, conta com judocas que venceram ? em suas respectivas categorias ? a primeira seletiva olímpica, realizada em dezembro. Alexandre Lee, Henrique Guimarães, Leandro Guilheiro, Flávio Canto, Carlos Honorato, Luciano Corrêa e Daniel Hernandes disputaram a etapa de Moscou do Circuito Europeu, em que Canto ficou com o bronze. Desde quinta-feira o grupo está treinando em Portugal, de onde partem para o Torneio de Paris ? entre sexta-feira e outra quinta, dia 12. ?São torneios importantes para avaliarmos nosso nível em relação aos principais atletas internacionais, nossos adversários na Olimpíada?, diz o médio Carlos Honorato. Como o Circuito Europeu está valendo como seletiva olímpica para os atletas daquele continente, ?serão competições muito fortes?, explica. Marli Midori, Cátia Maia, Danielle Zangrando, Vânia Ishii, Cristina Sebastião, Edinanci Silva e Priscilla Marques viajaram na sexta-feira para os Torneios de Sófia (capital da Bulgária) e Paris ? (na França, a competição começa no domingo). O grupo tem atletas que perderam a primeira seletiva olímpica em Paris também treinará com os judocas que participarão dos Torneios de Budapeste (Hungria) e Hamburgo (Alemanha). São eles: Fúlvio Miyata, Luiz Camilo, Tiago Camilo, Edelmar Zanol, Mário Sabino e Fabiano Zambonetti. As mulheres que perderam a primeira seletiva olímpica ? Daniela Polzin, Fabiane Hukuda, Tânia Ferreira, Erica Moraes, Kelly Cristina, Claudirene César e Viviane Oliveira ?, lutam em Budapeste e Hamburgo, entre os dias 13 e 23. ?O circuito é muito importante. Vamos conhecer melhor os rivais da Olimpíada. E que devem estar um pouco mais bem preparados, porque depois de dezembro demos uma parada. Mas já retomamos os treinos fortes?, diz Vânia Ishii, 30 anos, meio-médio. Testes - A judoca luta para ir à segunda Olimpíada (foi a Sydney/2000) e saiu na frente na seletiva, diante de Érica Moraes. ?A nova CBJ mudou muita coisa na nossa vida. Fizemos testes que nunca havíamos feito. Com os resultados, meu preparador físico vai trabalhar o melhor em mim. E se fosse na época dos Mamede, eu estaria preocupada, tendo de pedir ajuda ao patrocinador para poder viajar. Hoje a CBJ nos dá isso?, ressalta Vânia. Outro contente com a chance de fazer um bom treinamento é Mário Sabino, que perdeu a primeira seletiva dos meio-pesados para Luciano Correa. ?Teríamos de desembolsar US$ 3.500 se a CBJ não tivesse esse incentivo. Estamos todos em ótimas condições agora, com um trabalho sério. Eu, por exemplo, nunca havia trabalhado com uma psicóloga como agora. Gostei muito, foi bem interessante. Na Europa a gente vai ganhar mais conhecimento dos adversários, o que sempre é muito importante.? Os R$ 495 mil investidos pela CBJ nas viagens e a concentração de uma semana dos 30 atletas em São Paulo, para treinos e avaliações, são quase um terço da verba recebida da Lei Agnelo-Piva.

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