A audiência da nadadora Rebeca Gusmão, na Corte de Arbitragem do Esporte, aconteceu nesta sexta-feira, em Lausanne, na Suíça. O julgamento do caso de maio de 2006 - quando as amostras de urina A e B da nadadora tiveram diferenças nos resultados - foi longo e durou pouco mais de cinco horas e meia. A defesa da atleta alegou que, por causa de falhas na custódia das amostras, houve a contaminação por bactérias que impossibilitaram a precisão nas análises de 2006. Rebeca foi escutada pela Corte e os dois profissionais também contaram com o depoimento da ex-médica da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA), Renata Castro. Segundo um dos advogados da nadadora, BrenoTannuri, a audiência da brasileira demorou além do previsto. "Foi uma audiência difícil, porque este é um caso complicado em todos os aspectos". O tribunal tem 45 dias para dar o veredicto do caso. De acordo com o CAS, uma decisão deverá ser divulgado em quatro ou cinco semanas. "O caso é muito importante e sabemos que há muitos interesses", afirmou o secretário-geral da corte, Michael Reeb. Segundo ele, a audiência desta sexta serviu para que "todos pudessem dar suas versões" do caso. Nesta segunda-feira, Rebeca vai enfrentar outro julgamento, no Painel da Federação Internacional de Natação, a partir das 17h (horário suíço) para responder à acusação de doping em exame realizado dia 13 de julho, primeiro dia dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Além da atleta, o médico José Blanco Herrera, que acompanhou a análise da contraprova B, estará presente para participar da sua defesa.(Com Jamil Chade) *Atualizado às 19h22