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Justiça considera abusiva a paralisação no Maracanã

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ) exigiu ontem a retomada dos trabalhos até segunda-feira, dia 19.

Por Leonardo Maia
Atualização:

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ) considerou, em audiência realizada ontem, que a greve dos funcionários das obras de reforma do Maracanã para a Copa de 2014 é abusiva e exigiu a retomada dos trabalhos até segunda-feira. Com isso, o consórcio que administra a obra não precisará atender às novas exigências dos funcionários, que estão parados há 17 dias.A audiência teve grande presença dos trabalhadores, que precisaram ser controlados e acalmados quando o veredito foi proferido. Eles alegam má qualidade da alimentação e a ausência de médicos no turno da madrugada, e querem novo reajuste na cesta básica, de R$ 160 para R$ 180.O Tribunal considerou que vistorias foram feitas pela vigilância sanitária para verificar a qualidade dos alimentos e a limpeza da obra. Além disso, o acordo revisto em 22 de agosto só pode ser contestado a partir de 5 de outubro, quinto dia útil do mês seguinte à validação do novo contrato.As paralisações das obras no Maracanã ameaçam o cronograma previsto pela Empresa de Obras Públicas do Rio (Emop), segundo o qual o estádio será entregue em dezembro do ano que vem. O presidente de Emop, Ícaro Moreno, garante, porém, que há meios de se acelerar os trabalhos e que não há risco de o Maracanã não receber jogos da Copa das Confederações, em 2013."Temos um planejamento de algumas folgas, que foram diminuídas, pelos dias parados. Nós vamos ter Copa das Confederações aqui no Maracanã. A greve dificultou, mas nós temos a tecnologia, e estamos avançando", explica Moreno, ressalvando que o uso de tal tecnologia pode, no entanto, aumentar um pouco o custo da reforma do estádio carioca.Sobrepreço. Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de sobrepreço nas obras do Maracanã. Após auditoria do Tribunal, o governo estadual reduziu em R$ 97 milhões o orçamento do estádio - passou de R$ 956 milhões para R$ 859 milhões.

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