PUBLICIDADE

Publicidade

Kléber, ex-são paulino, esquenta o clima para o clássico de amanhã

Por Juliano Costa
Atualização:

Estava tudo tranqüilo, muito tranqüilo. Jogadores de Palmeiras e São Paulo trocavam elogios, diretores pregavam respeito e treinadores rasgavam seda um para o outro. Nem parecia uma semana de véspera de clássico entre Palmeiras e São Paulo. Até o atacante Kléber ser convocado para uma entrevista coletiva ontem na Academia de Futebol. "Quando o jogo é contra o São Paulo, eu me motivo mais", disparou o ex-jogador do São Paulo, após 15 minutos de "bom comportamento" na sala de imprensa do CT alviverde. Ele explicou o motivo da bronca. "Tem uma pessoa lá dentro que foi contra a minha volta, que não quis que eu voltasse para o São Paulo. Conversei com ele antes daquele primeiro clássico em Ribeirão Preto. Tive boa atuação, fiz gol, nós ganhamos e eu falei: Você não me queria de volta, né? Taí..." Questionado se a tal pessoa era Marco Aurélio Cunha, o atleta negou. Disse apenas que não era ninguém da diretoria. Perguntado pelo Estado se seria alguém da comissão técnica tricolor, Kléber sorriu e se calou. Ao ouvir o nome de Milton Cruz, desconversou e encerrou a entrevista coletiva. O auxiliar-técnico do São Paulo ficou surpreso ao saber, pelo Estado, das declarações do jogador. "Pôxa, mas eu gosto tanto dele! E aconteceu justamente o contrário: eu é que queria trazê-lo de volta, mas não foi possível porque o Palmeiras já estava na frente", afirmou. "Conheço Kléber há muito tempo. Eu o promovi para o time profissional (em 2003) e foi com o dinheiro da venda dele (cerca de R$ 5 milhões para o Dínamo de Kiev) que montamos um time campeão mundial." Milton até pediu o telefone celular de Kléber para conversar com ele. Sabe que o palmeirense vai com tudo para cima do São Paulo, após dois jogos de suspensão e toda a polêmica criada durante o Paulista - deu uma cotovelada em André Dias, bateu boca com cartolas, foi hostilizado por torcedores porque havia se referido aos são-paulinos como "bambis"... "Quando cheguei aqui no Palmeiras, as pessoas não conheciam o Kléber", disse o atacante, falando de si na terceira pessoa, sem economizar na humildade. "Mas depois viram que ele tem qualidade, que não é um jogador comum."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.